quarta-feira, 28 de maio de 2014

Pedras com História

Neste Domingo fomos a Montemor, ao nosso, ao Velho, que está remoçado e ainda mais bonito. Também já visitei à anos o outro, o Montemor Novo, que é mais importante em comércio e industria (pelo menos assim me pareceu) contudo não tem a beleza do "meu" Montemor-o-Velho. Fomos então ao "nosso" Castelo, e que bem que ali se estava... Era de manhã, e o sossego era total.
 Lá em baixo a vila, e ali aos nossos olhos toda uma paisagem rica, longa a perder de vista...
 Os arbustos verdejantes atenuam em parte a rudeza das pedras, pois Castelo é fortaleza.
 Entrámos na Igreja, situada dentro do Castelo; a sua fundação data de 1090. Porém dessa primitiva Igreja pouco resta. A actual é quase toda do século XV. O respectivo restauro aconteceu entre 1483-1543, a mando de D. Jorge de Almeida, Bispo de Coimbra, com grandes obras e trabalhos de arquitectura de Renascença. A Igreja em estilo gótico, é de tres naves com duas ordens de lindas colunas torcidas, de cantaria, a sustentar o teto apainelado de madeira. O chão  todo em pedra, é também um pequeno panteão de campas rasas e pedras brasonadas de alguns ilustres daqueles tempos distantes. Deixámos a Igreja de Santa Maria de Alcáçova, que sempre conhecemos, mas à qual prometemos sempre voltar...

sábado, 17 de maio de 2014

O naperon da sala

Decidi colocar mais este. Não está ligado a nenhum segredo, é um crochet normal feito com um fio não muito fino. É grande, e costuma "estacionar" na mesa da sala de jantar.
E por agora não trago mais rendas, breve voltarei, mas com mais uma das minhas recordações; mais uma das minhas histórias verdadeiras.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

O segredo do Algarve

Há uns anos atrás o crochet estava nos gostos de muita gente, jovem, adulta e idosa. Era comum em locais que exigissem espera, ou nos transportes, e também nos parques e na praia em tempo de lazer, vermos pessoas tecendo as suas rendas, mais ou menos elaboradas, mas sempre bonitas. Actualmente parece ter caído em desuso, e muitas jovens já nem apreciam esses trabalhos. Eu, como já não sou jovem, gosto muito de rendas, e tenho muitos desses trabalhos. E como gosto de os ver, dou-lhes uso. Na semana que passou, tive a empreitada de cuidar de alguns jogos de naperons, isto é, lavar e passar a ferro, tarefa  um tanto morosa, mas para a qual tenho sempre boa vontade, e no fim até me sinto compensada ao olhá-los.
Hoje, antes de os guardar, resolvi fotografar e colocar aqui. É o chamado segredo do Algarve, é interessante pelo facto de nunca se partir a linha, isso é que é o segredo.
Tenho a certeza que vão gostar.                  




sexta-feira, 9 de maio de 2014

Lindos e Amigos


                     "Assim deveriamos ser todos nós"

domingo, 4 de maio de 2014

O aluguer...

De há uns anos para cá o primeiro Domingo de Maio passou a ser o dia da Mãe. Os mais novos desconhecem, mas dantes era no dia oito de Dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição, havia festa na Igreja dedicada à Mãe de Jesus, e também a todas as mães sem excepção. Posteriormente, entenderam separar, criar outra data para as mães normais, isto é sem santidade canónica.
Não estou a escrever com o intuito de censurar esta mudança, nada disso, mas não aprecio que tenha de haver um dia especifico para cumprir deveres, ou devoções, quando o ano tem trezentos e sessenta e cinco dias, e ainda mais um, quando é bissexto. Afinal ser-se amigo num só dia, é muito pouco... cheira a obrigação, e isso é triste.
Mas mais triste, é muita coisa que actualmente nos chega através dos meios da Comunicação Social: - Não percebi, se está já aprovado, ou se ainda carece de algo para o ser, uma lei que vai permitir que qualquer pessoa se preste a fabricar um filho por encomenda. Assim o casal fornece "os materiais" e esta pessoa dá (vende) a mão d'obra... Já há nome; "barriga de aluguer." Perdoem, mas eu permito-me dizer, a que estado isto chegou... Decerto que me dirão que a ciência é imparável.
(Mas, não é a maternidade um acto de amor, o amor dum casal vivendo dia a dia as transformações que se operam, os receios, as esperanças, uma espera a dois tão íntima e ansiosa, que só termina na alegria maior do momento do nascimento.)
Barriga de aluguer, que nome feio, e triste! O Ser humano a alugar partes de si próprio... Não sou capaz de entender.
Depois, quem é a mãe?
E mais não digo. Daqui a algum tempo, se ainda se celebrar o dia da mãe, alguém poderá perguntar; -Dia de qual mãe? Da mãe de familia ou da mãe de aluguer?...