domingo, 26 de junho de 2016

Gratidão e Poesia

Caras amigas e amigos,

Muito grata pelas palavras que encontrei escritas por vós, em resposta ao meu último post. Todas tão certas, tão verdadeiras, tão amigas. Senti-vos  a todas ao meu lado, irmanadas no meu desalento, mas em simultâneo apontando para a mudança, para o reagir embora sem pressa, mas com firmeza e determinação.
Irei visitar os vossos blogs, promessa feita a mim mesmo, a qual não posso descurar - de resto já tenho saudades, e já sinto a falta de "vos ver..."

Entretanto comecei pelo Jair, que é natural do nosso País irmão, o enorme Brasil.
Pois o Jair, é o meu amigo e parente brasileiro, e eu para ele, sou a amiga e parente portuguesa concerteza.
Mas na verdade, somos mesmo amigos - e quem foi o intermediário para tal facto, quem foi ? Foi essa coisa que existe e não se vê, baptizada com o nome de  internet.

Mas, por vezes a amizade presta-se a um ou outro abuso, e foi o caso - passei pelo blog dele, e mesmo estando com pressa, deu tempo para lhe roubar este soneto. É tão bonito, tinha de o trazer comigo para partilhar convosco, e foi o que fiz.

O teor é sobre separação, mas não influi em nós, que naturalmente já estamos todos separados pela distância, mas basta um simples clic, para nos sentirmos juntos no mesmo abraço.(de repente)


Soneto de separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.


by Vinicius de Moraes

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Para Vós, um Sorriso e um Olá

Oh minhas amigas, meus amigos, visitantes e conhecidos,quero dizer-vos que ainda cá estou, porém tão cheia de não presta,que não tardarei a começar a detestar-me.
É verdade; sem paciência, sem gosto, sem interesses...
Ainda não foi hoje que escrevi alguma coisa, como dantes fazia.
Estarei a querer equiparar-me ao Jorge Palma que canta assim:-
«Tenho uma página em branco
  E uma guitarra na mão
  Ando nisto há quatro dias
  E não me sai a canção...»

Pois, é isto mesmo, de que estou a enfermar, não sai nada...
E então, fiz uma ronda pelos blogs, porque ler, cura-me de todos os males.
E encontrei estes versos - que não falam de amores, nem de flores, e talvez por isso me agradaram neste dia em que eu me confesso azeda, tipo limão. Melhores dias virão, pelo menos assim espero.
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Onde está o Poema?

Alguns poetas me deixam mais à vontade,
na hora de poetar.
Outros tentam me desestimular,
exibindo poemas
que não consigo “diagnosticar”...

Onde está o poema?
Este é o meu tema...
Ou, para dizer melhor: meu dilema.
Vou ali no mato, e volto...
Para engajar uma rima:
vou fazer uma “obra prima”.

Mas acontece que eu
não primo tanto por “obras primas”...
Primo por obras irmãs,
obras amigas... Obras sãs
e loucas também.
Afinal todos têm
o direito de “obrar”.

A.J. Cardiais

(Poeta Brasileiro
Blog Desvários do Cotidiano)