sábado, 27 de fevereiro de 2016

Na Gala (Figueira da Foz)

Caras amigas e amigos,

Por motivo alheio à minha vontade, não tenho postado nada no blog. E hoje mantém-se o facto, de modo que vou colocar apenas duas fotos.


Num Domingo de inverno, mas sem chuva.
A Praia deserta, e o mar em sossego - talvez nuns momentos de descanso, da sua constante labuta...

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Ajudar alguém, dá felicidade...

Acidentes sempre acontecem, e sempre também os lamentamos. Mas alguns pelas suas consequências extremamente desumanas e penosas, perduram na nossa lembrança.Ainda não passaram muitos meses sobre um naufrágio que aconteceu aqui na nossa Barra, a barra da Figueira da Foz apontada por quem sabe, de perigosa e assassina.
Os mortos foram a enterrar, adornados de lágrimas de dor pelos seus familiares e amigos.
E o tempo foi passando, e deixando a nu as dificuldades de ordem monetária, que os parentes vão suprindo com dificuldade.
Ontem aconteceu no Casino um espetáculo, um desfile de moda, cujo produto monetário será entregue ás familias dos referidos náufragos.
Cabeleireiros mostraram a sua arte ao pentearem os modelos no Palco, a que se seguiu o desfile das lindas mulheres exibindo a sua elegância e arte de pisar.

Ora o meu marido não podia ficar "a leste..."  ( Na altura ele até sofreu, porque conhecia estes homens do mar.)
E assim, agora,  só foi preciso uma palavrita, e logo ele disse presente!

Mas presente, querendo levar vestido um fato de oleado dum pescador - o modelo seguiu no mesmo encalço quanto à indumentária, homenageando os dois à sua maneira, todos os pescadores. E assim  permaneceram no palco enquanto durou o trabalho de pentear, e até ao fim.

Também não dispensou  umas singelas rimas que fez questão de ler ...
 
 Ao pescador português, na Gronelândia

Na Gronelândia gelada
Onde o sol não aparece
A vida é amargurada
Só a esperança prevalece

O dia parece noite,
Noite fria e sem luar
Ao longe serras geladas
E boreais de assustar

Navios fortes, bacalhoeiros,
E nos seus Dóris remando
Os valentes marinheiros
Horas e horas pescando

Há tristeza há desalento
Suas lágrimas de sal
Ali ao frio e relento
Tão longe de Portugal...

Aves marinhas voando
Impelidas pelo vento
E eles falam com elas...

Pedem que levem recados
Aos familiares amados
Que trazem no pensamento.



O jovem modelo Luís Borges, durante um dos ensaios do trabalho a apresentar.
Olímpio o cabeleireiro, e o modelo Luís Borges, vestidos com roupa dos pescadores.