segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Os melões ali tão perto...


Era noite, hora de dormir mas eu continuava sentada, fechei a T.V. que me estava a enfadar, e distraídamente olhei em redor de modo vazio, digamos olhar por olhar... mas acabei por reparar num album de fotos que ali permanece à anos.
Fui buscá- lo gosto de rever, e ao folheá-lo encontrei entre muitas fotografias que são recordações de bons momentos, estas duas que aqui coloquei, uma feita em Alcácer do Sal, ponto de paragem a caminho do Algarve para as habituais férias, e a outra uns dias depois em Faro junto á Marina.
Mas desta viagem eu tenho um episódio, e vou recordar também.
Era costume na ida tentar conhecer uma cidade ou vila daquelas paragens alentejanas, assim aconteceu com Évora, Beja, Vila Viçosa e mais.
Ficávamos, e só no dia seguinte voltavamos à estrada. Desta vez a escolhida foi Serpa. Estariamos a uns trinta Km. da mesma e resolvemos almoçar.
Deixámos a estrada e entrámos num caminho largo que dava acesso a um Monte Alentejano. Encostámos a um lado; a considerável distancia bem no cimo, estava a casa baixa e branquinha, e à nossa volta só as terras, longas a perder de vista. Nestas, o que restava duma cultura de melões; eram às centenas, pequenos, já refugo. Mesmo assim uma tentação...
Pusemos o carro arejar, estendemos a manta e eu comecei “a pôr a mesa”; então o meu marido sempre com os olhos na casinha branca disse, vou roubar um melão. Não foi só um, entre bons e pôdres trouxe sete, que atirou para o carro de qualquer maneira com medo que alguém visse lá do alto.
Como já tinha feito “a boa acção”, almoçámos calmamente (não comemos melão) tomariamos um café mais adiante, por isso de novo à estrada.
Pois, mas ao rodar a chave o carro disse-nos não! Completamente imobilisado, mortinho, sem bateria. Que sensação desagradável, ali retidos, sem telefone, e sem ideias, o que era pior ainda.
O meu marido atarantado já queria ir devolver os melões à terra. Estava instalado o desencanto...
Eu achei melhor acondicioná-los bem, de modo a viajarem sem serem vistos, e fui tratar disso,(com êxito).
Nisto surge uma carrinha grande que entrando devagar no acesso ao Monte, parou junto a nós; estavamos salvos! Eu sempre tive muito boa opinião acerca dos alentejanos, e neste dia ainda ficou mais forte. O sr. “reanimou” o nosso carro, e seguindo à nossa frente levou-nos a uma oficina, onde se procedeu à colocação de nova bateria.
E agora, vergonha das vergonhas para nós, quem era este homem?
(o nosso salvador)
Era o dono dos melões!!!

Quando regressámos à Figueira escrevi-lhe a agradecer, e posteriormente telefonei para saber se tinha recebido a nossa carta, mas não tive coragem de confessar o nosso pecado...

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Amor ao próximo,perdeu-se...

O Tempo continua chuvoso e escuro.Os dias já cresceram mais duma hora,mas não se nota, pois o céu enevoado parece antecipar o anoitecer. É inverno, é natural, só que convida à nostalgia, principalmente a mim que sou propensa a certas manias.
Também a verdade é que a situação do País não provoca sorrisos, e até os jornais diários só nos mostram desgraças. A rádio e televisão,seguem na mesma linha, mas parece que nos sentimos atraídos para ver os noticiários, sabendo de antemão que nada alegre iremos saber.
Ultimamente um crime e outro caso mórbido têm feito correr muita tinta, e muita palavra de viva voz.
O caso da Sra. que ficou morta em casa durante 8 anos, tem dado pano para mangas, perdôem- me a expressão inadequada.
Apontam-se culpas às instituições, nomeadamente à Segurança Social, que deixou de pagar a pensão,e a respectiva secção não mandou perguntar a razão porque não era recebida ( mas alguma vez ia perguntar?)
Também a EDP que por falta de pagamento cortou a luz, e não foi avisar (mas alguma vez avisa?)
O carteiro que via a caixa do correio ficar sem espaço para mais, e não perguntou o porquê (mas o carteiro tem essa função de investigar a vida dos outros?)
Toda a gente horrorisada, lamenta e dá palpite... eu também, mas nos meus moldes que são algo diferentes.
Eu pergunto onde estava a familia? Afinal existia e muito próxima, de sangue igual nas respectivas veias; mas quanto a estima (já não digo amor) nada,mais longe do que do céu à terra.
A vizinha contou que contactou um sobrinho,e lhe mostrou a caixa do correio: esse Sr. continuou a dormir tranquilo ano após ano, indiferente, descançado porque as leis tolheram-no... “Se uma casa está a arder não se vai apagar porque a porta está fechada”...
Dentro do peito já não há coração? Francamente!
Onde estão os sentimentos pelo próximo?
Acabaram? Passaram de moda? Para esta gente, não tenho a menor duvida!
Até vão receber a herança de ânimo leve... está tudo dito!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Gostam de ver fotografias?

Enviaram-me uma mensagem e em anexo vinham fotografias de um Festival do Gelo espantoso- o Festival de Gelo de Harbin. A minha filha também achou espectacular e encontrou mais fotografias neste link:

http://www.totallycoolpix.com/?s=harbin

Ela colocou este site de fotografias ali ao lado pois, diz ela, "é uma boa maneira de gastar o tempo na internet". Chama-se Tottaly Cool Pix. É só clicarem no link ali à direita. Por baixo de cada fotografia há uma descrição e a seguir OPEN THIS PHOTOGALLERY. Cliquem aí e vejam as fotos.

São grandes e com muito boa definição. E há de tudo:Arte, Pessoas, Política,Natureza, Actualidade... Por exemplo, fotografias sobre a recente tragédia no Brasil:

http://www.totallycoolpix.com/2011/01/brazils-deadly-landslides/#more-470

É uma forma de ficar a conhecer mais sobre o Mundo. Aproveitem!