sábado, 26 de março de 2016

Saudações Pascais

Ainda nos recordamos do Natal, parece que foi à pouco, contudo, já estamos em tempo de Páscoa - está a findar a Semana Santa, e amanhã será a Festa da Ressurreição. Tempo de alegria, as flores brancas já desabrocharam (as páscoas, como eram chamadas) e o sol e céu azul costumam vir à Festa. Porém, neste ano deram lugar à cor cinza, e alguma chuva está prometida. Mas não faz mal, que importa que chova lá fora, se em casa o sol está a brilhar?!
E é isso mesmo que desejo ás amigas e amigos blogueiros e vizitantes - que a ressurreição de Cristo seja uma festa de alegria, e o prenúncio duma Páscoa Feliz e Abençoada.
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«Que fazes tu aí ó Cristo antigo
Pregado nessa cruz,eternamente?
Liberta a tua mão omnipotente,
Desprega esses teus pés...e vem comigo!

Não sabes que sem ti nada consigo?
Não vês que fazes falta a tanta gente?
Oh! Vem de novo,como antigamente!
Viver connosco e nós, contigo!

Não vens? Não queres ouvir a humilde prece
Num mundo que, sem ti, desaparece,
Vencido pela morte e pela dôr ?

Não vens? Não pode a cruz ficar sózinha?
Pois bem: permite então que seja minha!
Eu fico nela... e desce tu, Senhor!»

(Padre Doutor Abel Varzim)

domingo, 20 de março de 2016

Recordando Nicolau Breyner

Foi na passada semana. Mas embora eu não tenha escrito nada sobre o facto tão falado na altura, tive conhecimento e lamentei a perda. Refiro-me ao desaparecimento da vida terrena do Actor Nicolau Breyner.
E qual foi o português que não terá feito um Ah... misto de espanto, e de pena?!  Nenhum!
A Televisão trouxe-o até nossas casas, e por isso o conhecia como Actor excelente que era, não o recordo apenas nos papéis cómicos, mas também nos papéis ditos sérios, em que era igualmente perfeito.
Como pessoa, os que com ele conviveram de perto, são unânimes na afirmação de que era um homem superdotado de qualidades, destituído de vaidades ou caprichos, amigo desinteressado e sempre solidário.
E como é bonito deixar atrás de si, quando o corpo desaparece em pó, lembranças tão ricas !

São pessoas assim que fazem a diferença...
Está em Paz, Nicolau !

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Quero também aqui  recordar Joaquim Rosa, outro actor igualmente desaparecido há poucos dias. Pouco se falou acerca do seu falecimento. Contudo era um Grande Actor. Tinha uma dicção correcta e uma voz de tonalidade inconfundível.
Nunca esquecerei a sua interpretação no papel de Tomaz Moor...
- E daí para cá (pois foi há muito tempo) quantos personagens
ele incarnou, magistralmente?!
Muitos; tantos e sempre com êxito.
Porém, parece-me já votado ao esquecimento, mas...
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«Não choreis nunca os mortos esquecidos
Na funda escuridão das sepulturas.
Deixai crescer, à solta, as ervas duras
Sobre os seus corpos vãos adormecidos.

E quando, à tarde, o Sol, entre brasidos,
Agonizar... Guardai, longe, as doçuras
Das vossas orações, calmas e puras,
Para os que vivem, mudos e vencidos.

Lembrai-vos dos aflitos, dos cativos,
Da multidão sem fim dos que são vivos,
Dos tristes que não podem esquecer.

E, ao meditar, então, na paz da Morte,
Vereis, talvez, como é suave a sorte
Daqueles que deixaram de sofrer.»

(Pedro Homem De Melo)

quarta-feira, 16 de março de 2016

A Primavera vai e volta sempre...

Vem aí a Primavera !
Chega no próximo Domingo, dia 20 de Março ás quatro horas e trinta minutos.
Mas  as flores chegaram antes!
Já cá estão para a receber.
Bem-vinda sejas Primavera!


domingo, 6 de março de 2016

Poesia sem Rima

VIDA SEM SEGREDO

O palco,
é a vida.
São muitos os cenários.
A harmonia não se faz sem luta.
Nem sobrevive sem vigilância.
Do micro,
ao macro cosmo,
todo equilíbrio exige treino,
em corda esticada,
e em corda bamba.
A corda também se solta.
Exige,
então,
mais do que equilíbrio.
Para que não se caia no abismo,
é preciso saber voar.
Mas,
se houver vítima,
quem assiste ao treino,
cuida também da vítima.
O palco,
é a vida.
O assistente,
é o Criador.
O artista do micro é o átomo,
é a bactéria,
que também luta.
O glóbulo branco,
enfrenta o vírus,
e protege o sangue.
Nele,
vive de sentinela.
Mas,
o vírus também é vivente.
Compõe a cena do cenário,
sob a vigilância do Criador.
A batalha não é somente do homem.
O artista é também o bólido,
é também o astro.
Não se despreze a poeira cósmica,
que também compõe a dança do universo.
O maestro de tudo,
não pense o homem que é ele,
juiz,
cego,
e parcial.
Há quem garante o palco,
há quem garante o artista.
Pode ser o átomo,
pode ser o vírus,
pode ser o homem,
pode ser a poeira cósmica,
pode ser o astro.
O garantidor é o Intuitivo,
é o Criador.

Evaldo

E quem é Evaldo? - Alguém do País Irmão, com sensibilidade bastante para escrever nestes termos (bonitos) o que pensa sobre a realidade da vida. 

No Blog -  
epomoreira.blogspot.com. br. (escritos e desenhos do Evaldo)