sábado, 17 de novembro de 2018

Escrevi um livro!


Foi com alegria, e também com alívio, que recebi os meus livros impressos, na semana passada! É verdade! Foram anos, talvez não acreditem mas assim foi, desde que neste blogue me desafiaram para escrever um livro a partir das estórias que aqui escrevi. 
Após muitas hesitações, meti mãos à obra. Mas pelo meio foram muitas as complicações, coisas da vida e também da própria escrita, pois descobri que tinha de rever e polir as minhas "birras". Aqui no blogue a exigência não é tão grande, fica escrito, mas não fica escrito no papel. Foi assim que os textos que eu pensava estarem escritos nunca mais tinham um fim. E quando eu julgava que era agora, que, finalmente tinha acabado a escrita, ainda não era. Depois outros contratempos se juntaram e semana após semanas, mês após mês, o tempo passou. E é de tal maneira que até eu própria venho aqui menos vezes, ando pelo Facebook ou então presa aos meus afazeres e o blogue ficou mais parado do que nos tempos em inicialmente estes textos foram escritos. Mas como foi aqui que tudo começou, também é aqui que quero dar a notícia em primeira mão, aos meus amigos e amigas que leram as minhas linhas e me desafiaram a fazer isto, algo em que nunca tinha pensado. Uma pessoa nunca sabe para que está guardada, umas vezes para coisas menos boas, mas também para ser surpreendida sem saber que podia sê-lo. 
Para essas pessoas, as responsáveis por esta "loucura", caso desejem adquiri-lo, posso dizer que a leitura será ainda uma novidade, tantas as voltas que dei às minhas postagens iniciais, que leram por aqui. E também incluí novidades. 
Para já as opiniões têm sido favoráveis, mas resumem-se às pessoas da família, pelo que não posso acreditar em tudo o que me dizem. Acho que ficou um livro bonito de olhar e agradável de ler. Foi feito com muita dedicação e esforço, afinal, não sou escritora, e nunca serei. Mas gosto de escrever e de ler, e quem sabe se este livro não inspirará algum dos meus amigos ou das minhas amigas blogueiras a lançarem-se na mesma aventura. 
Se clicarem abaixo do cabeçalho do blogue, na página, "Sobre o meu livro, Montemor: verdade e fantasia", podem ler um resumo do contéudo do livro. E para encomendar, contactem-me pelo formulário de contacto, à direita do blogue. Assim eu recebo a vossa mensagem na minha caixa de email.

sábado, 16 de junho de 2018

As rosas perfumadas

Caras amigas e amigos, finalmente voltei! E que saudades eu tenho sentido do meu bloguinho que aniversariou em Dezembro passado e eu até deixei passar a data em segredo.
De igual modo sempre recordo as visitas que por aqui passavam e deixavam seu carinho em palavras simpáticas que me faziam bem. Mas deu-me a preguiça e parei. Fiquei com as recordações que valorizo e por isso hoje voltei. Oxalá não sofra nenhuma recaída...
Vou voltar ás minhas histórias, mas não já.
Hoje apenas deixo umas rosas, uma foto que fiz há dias, pena não poder transmitir o seu perfume; ao tempo que não encontro rosas como estas que perfumam o ar.
O meu marido nunca comprou rosas para me oferecer, não era capaz, confessa mesmo que nunca teve jeito; em contrapartida muitas vezes trás chocolates, eu não fico a perder... Mas sempre que calha rouba-as e, lá aparece um tanto encabulado de flores na mão. Estas não fugiram à regra, foi para visitar um amigo e não o encontrou em casa. Então do pequeno jardim frente à moradia, surripiou as flores. Em principio eu até pensei que seriam do amigo para mim, mas não.
Gostei, eram bonitas embora uma delas já estivesse um pouco "madura." (afinal como eu)
Coloquei-as na água, e depois fotografei.


Sagrado Coração de Jesus

Bonita imagem do Sagrado Coração de Jesus que se venera na Igreja de Santo António dos Congregados na Cidade do Porto, pertinho da Estação de São Bento.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Aniversário

Mais um ano passou sobre aquele dia 25 de Abril de 1974. Recordo-me  bem; estava um dia cinzento com pouca luz, não a prometer chuva, contudo o sol estava ausente.
Pelo meio da manhã na Cidade de Braga muitas pessoas corriam para o aparelho de televisão alertadas por outras para o facto de que algo estava a acontecer em Lisboa. Pouco se sabia ainda e daí a curiosidade natural. Eu também passei muito tempo a fazer igual, num alvoroço que contagiava sem nos apercebermos. Foi um dia enorme... a T.V. a pedir aos médicos que estavam em casa, para se dirigirem aos seus locais de trabalho, às pessoas de Lisboa para se manterem em casa, a espaços liam comunicados curtos com alguma informação, e por fim transmitiram em directo o ponto mais alto da revolução que já seria dos cravos. Era quase noite quando os altos magistrados da Nação se renderam pondo fim a uma Ditadura obsoleta, negra e trágica.
A palavra Ditadura só por si assusta, quanto mais o que o seu miôlo encerra, e encerrava no nosso Portugal. Os militares conquistaram a Liberdade chamados por isso os Capitães de Abril, com o valoroso Salgueiro Maia na frente, de peito aberto e arma no chão, desprezando a própria vida.
Que se festeje eternamente, e nunca seja esquecida esta data, nem os valores que ela encerra.


A 25 de Abril de 1974
Festejou-se a liberdade e o sonho,
Com hinos nos lábios,
Com votos renovados de esperança.
Com o País aberto à verdade,
E os braços estendidos aos Heróis,
Às promessas e à confiança.
Foi dia de luta, de lágrimas,
De adeus às armas, de acolhimento.
De um sorriso para uma certeza.
As prisões e as torturas
Queriam-se longe da lembrança,
Pois agora reforçavam-se os desejos
De uma Pátria nova, Renascida,
De uma Pátria nova Portuguesa!

Porém,
O tempo passou,
E um cravo rubro, solitário,
Ficou na estrada tombado.
As desilusões esmagaram-no
E o Homem Novo ignorou-o,
Tomando-o por vinho entornado.

E hoje,
É recordado com brindes e discursos de glória
Esse dia que ninguém esqueceu.
Mas há novos pés, no silêncio, a pisarem
Aquele cravo de sangue exaltado e vitória
Que no auge da festa alguém perdeu!..

No futuro,
Uma criança,
Brincando na areia da estrada,
Encontrará o cravo,
Que à Revolução foi ceifado.
Ao romper de uma aurora,
Em vigor, plantá-lo-á de novo,
Para que a fé não se apague.
E crente nas razões do povo,
Na sua justiça, na sua dor,
Estará a plantar, sem o saber,
A mais doce força da Saudade,
E o mais intenso poema de Amor.

Helena de Sousa Freitas, Setúbal, Portugal


segunda-feira, 12 de março de 2018

E de novo as flores fugiram... mas que hei-de fazer? Alguém me diga, eu agradeço.

Lindas florinhas à beira da estrada são um prenúncio de Primavera. A chuva tão desejada chegou e com ela a promessa do fim da séca que nos afligia a todos. A minha amiga Viviana que adora tudo o que é criação Divina, não cortou as flores, fotografou-as para me mandar. E como eu gosto destes mimos com que ela me surpreende de vez em quando! Obrigada boa amiga.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Pois, mas a foto fugiu...

Com palavras de muita estima a amiga Viviana mandou-me esta rosa que ela própria fotografou. Para além da sua beleza e dos botões que são promessa de mais rosas, tem a particularidade de ser uma rosa caseirinha isto é, do próprio quintal da Viviana na casa da aldeia, aonde ela vai amiúde cuidar das flores e dos gatinhos sem dono. Um deles ficou na foto. Está no tapete, já percebemos que o espaço também é dele.


terça-feira, 23 de janeiro de 2018

A lavoura há uns tempos atrás

Foto de Emídio Dionísio.

Caras amigas, companheiras e companheiros de blog aceitem as minhas saudações, e porque não, também as minhas desculpas. É que eu dum momento para o outro desapareci deste espaço, sem nada dizer nem mesmo um adeus, ou um simples até breve. Pois deu-me a mania para o silêncio, e os dias  acumulados somaram mêses. Resumindo e concluindo uma vergonha, e agora chegou-me a audácia para voltar e apresentar desculpas...
Na verdade eu tenho passado mal de saúde, física e psicológicamente, e essa é a verdadeira razão desta aparente ausência. Mas não vale a pena recapitular sobre maleitas, eu agora já estou aqui, venho ao vosso encontro e também para retomar as minhas histórias e com elas os vossos comentários, dos quais eu sinto muito a falta... Mas para já trago-vos uma tela do pintor José Eliseu, um motivo campestre que me fez recuar à infância, quando da minha janela eu me entretinha a ver os lavradores com o gado na labuta das sementeiras, nas tapadas situadas a pouca distância das nossas casas. Hoje são os tractores que sulcam as terras, perdeu-se o bucolismo, mas as máquinas puseram fim àquele modo de vida tão trabalhoso debaixo do sol escaldante e por vezes tão pouco compensador.
Gostei muito da tela, e como não a posso ter em casa como eu gostava, coloquei-a aqui para vós.

Eu tive muito gosto em "colar aqui" a referida tela, porém foi-me retirada não sei porquê, é situação que me ultrapassa, e só me resta apresentar desculpas a quem lê o texto e não encontra a mencionada ilustração.