terça-feira, 29 de julho de 2014

Chegou pela manhã

Hoje trago mais uma das minhas histórias verdadeiras, esta é novinha.
Pois é verdade, aconteceu ontem de manhã.
Com o meu marido já no carro à minha espera para irmos a Montemor, saí de casa apressada desci no elevador e caminhei  pelo átrio em direcção à saída. Abri a porta, e com espanto vejo um passarinho a voar na minha direcção,  pousando ali mesmo ao meu alcance, num pequeno relevo da placa do intercomunicador. Eu tinha a mão esquerda ocupada com uns sacos e a carteira, e mesmo sem esperança aproximei do passarinho a mão direita, que é mais hábil, mas neste caso não resultou. Ele voou para o outro lado da porta e pousou em cima das caixas do correio. Ficou quieto a olhar para mim, e eu a olhar também.
Não pensei muito, chamei a minha filha, e o passarinho à espera... O resto adivinha-se, ela com as mãos livres não teve dificuldade em o agarrar. Logo percebemos que era um canário, novinho, lindo, um amor.
Depois, eu corri para o carro, pois os homens sofrem com esperas... e ela veio para cima contente com o passarinho, mas a dar voltas à cabeça sem saber aonde o "arrumar," provisoriamente é claro. Quando regressámos vim encontrar o passarinho tratado com pão molhado, e água, e sabem aonde? Isto o necessário é ter ideias rápidas; dentro duma fruteira de rede. Uma fruteira redonda e com tampa da mesma rede, e o habitante não se mostrava nada infeliz.

Depois do almoço a minha filha foi comprar uma gaiola, e alimento adequado, e agora andamos todos incluindo o meu marido, "a adorar o passarinho" (passe o exagero do termo adorar)

Bem, na verdade o passarinho veio ter comigo, e eu entendi que devia ficar com ele. Já tenho ouvido opiniões baseadas em estudos, dizerem que nada acontece por acaso...




A minha filha mais nova, a mãe do Gabriel, é dessa opinião, e até me disse que o passarinho veio para me trazer alegria.  Agrada-me essa perspectiva.

Quero adquirir para ele uma companhia, pois não gosto de ver o passarinho sozinho.

E agora caras amigas e amigos, digam lá se não é um canarinho cheio de formosura?! E simpático que até deixou que eu o fotografásse.
É um passarinho caseiro, não o roubei à Natureza, estou tranquila.



quarta-feira, 16 de julho de 2014

Um cão no ombro amigo.

O ombro do dono, é o lugar que o cão já conquistou à tempo. Mesmo em casa, assim que ele se senta, logo o cão pula de imediato e ali fica devidamente instalado. Aqui à beira do café, é igual, e o facto dá lugar a sorrisos de simpatia de parte dos clientes; o meu marido incluído, que já tinha contado aqui em casa, e hoje fez algumas fotos. Gostei desta e coloquei aqui.

domingo, 6 de julho de 2014

Martelo Vencedor

Hoje venho falar dum facto que  me deu satisfação, sei lá talvez até alguma vaidade, vaidade de mãe coruja. Só agora vou contar, mas aconteceu no mês passado, Junho mês dos Santos populares. E o assunto teve mesmo a ver com São João, que se festeja a capricho na Cidade do Porto. Do programa dos festejos fazia parte também um concurso de martelinhos. Outrora usava-se só o alho-pôrro, uma planta de haste comprida, terminada numa grande flor de tons de liláz. Ninguém naquela noite de arraial, passava sem levar um toque com a flor na cabeça, e algum mais ousado dava mesmo com o alho, que é grande, e não com a flor, na cabeça. Os mais tolos davam com a flor no nariz da gente, o que é bem desagradável e metia as pessoas a fugir! O que era tradicional era dar as ervas, como a cidreira, a cheirar. Mas já quase não se usa. Mas ninguém se zangava, porque era tradição, era festa, e quem dava recebia igual, tudo no meio de alvoroço saudável e muita alegria. Posteriormente com a invasão do plástico, alguém teve a ideia de construir um martelinho nesse material, nos anos 60, que veio para ficar. Há à escolha em várias cores, tem um sistema que faz barulho ao bater (na cabeça) e não magoa. Mas não acabou com os alhos, eles persistem, até porque o aroma é  intenso e único, não é agradável, e assim, alhos e martelos no S. João do Porto estão sempre presentes e em grandes quantidades.
Mas voltando ao concurso dos martelinhos-  a minha filha concorreu e ganhou o primeiro prémio
O martelo foi até notícia no jornal. Na foto estão os Presidentes das entidades promotoras e o Vereador a mostrar os martelos vencedores. Lê-se no artigo do Jornal de Notícias:"É caso para dizer que martelos há muitos, mas,estes dois, os que estão à vista na foto, foram os melhores entre as quase 200 propostas apresentadas ao júri do "Martelinhos de S. João",um concurso da Fundação da Juventude que,este ano, cumpre a sua terceira edição. Um deles, em 3D, imita a filigrana e usa o papel. Foi feito por Maria Isabel Fernandes, ausente da cerimónia."
Especifíca ainda que, está desenhado e construído segundo a técnica de filigrana de papel (quilling), o martelo 3D vencedor incorpora elementos caraterísticos do S. João, como é o caso do alho pôrro, do fogareiro,e, claro está, do Santo que dá o nome à festa. Refere-se ainda aos vencedores do 2º e 3º prémios, género dos trabalhos, e os seus nomes, e aos valores monetários atribuídos.
"Primeiro lugar, Categoria 3D, na 3ª edição do Concurso da Fundação da Juventude, Porto. Trabalho realizado em quilling (filigrana de papel). Na sua construção foram cortadas, enroladas e coladas cerca de 650 fitas de papel. O martelo incorpora os símbolos do São João - manjericos, um fogareiro com sardinhas a assar, o alho porro, um pequeno martelo e um balão, além do santo popular. As cores dominantes são verde-manjerico e azul-douro por razões óbvias! Escolhi esta técnica porque queria obter um produto final popular. O martelo remete claramente para as decorações sanjoaninas, muitas delas feitas em papel, e ainda para o floreado do ferro que adorna tantas varandas e portas da cidade do Porto, sem esquecer, também que a filigrana (mas em metais nobres) é uma arte tradicional no norte do país. Uma semana de trabalho, que incluiu aprendizagem, desenho e finalização." Belinha Fernandes

E aqui está o motivo de eu ter ficado contente. E quem não ficaría? 

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Grandes e boas!

Há uns bons anos atrás associava-se à cidade do Entroncamento tudo o que fosse fora do vulgar, geralmente frutos demasiado grandes, couve galega que crescia em altura parecendo arbusto, abóbora enorme, enfim, até se dizia - isso é fenómeno do Entroncamento.
Hoje, embora não considere fenómeno e o respectivo cultivo tenha sido aqui perto, na localidade de  Lávos, (Figueira da Foz) também reparei no tamanho destas batatas. E, fotografei...

Todos os anos o Sr.Delmindo, nosso conterrâneo, como nós a viver um pouco distante da nossa terra, nos oferece (ele e a esposa que é a grande lavradora) uma saca de batatas. Estas foram apanhadas ontem.
Nunca são miudas, mas neste ano cresceram ainda mais...