segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Até breve

Caros visitantes

Hoje escrevo só para vós. E porquê ? Porque me vou ausentar da blogosfera por alguns dias, e não gostava que as minhas amigas e amigos aqui viessem e encontrássem dia a dia o mesmo post, sem mais explicações.
Felismente, vamos voltar ao Algarve para uns dias diferentes, sem horários a cumprir, sem tarefas inadiáveis, tudo na ordem do deixa andar, e ainda com o beneficio simpático do sol lindo e quentinho, e o mar de água tépida.
Eu tive um certo azar neste sábado, caí desamparada na calçada do passeio, aqui pertinho de casa, e além de me ter magoado muito, ainda fui presenteada com uma fratura num dos dedos da mão direita. O meu primeiro pensamento foi desistir das férias, e assim continuei pois a dôr era intensa e interminável. Mas no Domingo os Srs. Drs.de bata branca, no Hospital cuidaram-me do fisico, e aos poucos o psiquico também reagiu, e embora com a mão imobilisada " e gôrda", eu voltei a querer ir viajar. E assim, lá vou então amanhã "fugir com o meu marido" para longe de casa.
Espero voltar no fim do mês, e continuar com os meus textos simples, sem pretensões que não sejam o prazer de dizer o que penso, e ler com gosto os comentários que amávelmente me dedicam.

Para todos vós, os meus cumprimentos com os desejos de bem estar.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Recordações

Foi há cinco anos atrás. Numa tarde de sábado em Setembro entrei no carro rumo ao Algarve, mais própriamente a Armação de Pêra. Dissémos adeus à minha filha mais nova, ao marido e ao Gabriel, enquanto a filha primeira, viajou connosco. A viagem de que eu gostava tanto nos anos anteriores por ser longa e sem pressas, com várias paragens para descançar,beber água e comer uma fruta, desta vez apresentou-se destituida de todos os bons predicados que eu sempre lhe encontrava e usufruia. Mas só porque a minha disposição a isso me conduzia, pois tirando o facto de chegarmos ao destino já de noite, nada de desagradável nos aconteceu. O Algarve para nós é sobretudo praia, e nesse sentido logo no dia seguinte atravessámos a rua, descemos a escada e logo a areia se fez sentir nos nossos pés,macia e ainda fresca aquela hora matinal.
Os dias iam passando sempre iguais, duma monotonia já prevista por mim, porque a alegria não vem com o vento, temos nós de a criar, fazer pela sua conquista.
Costumavamos eu e o meu marido caminhar pela beira mar diáriamente; num dia iamos para norte, no outro para sul, apróximadamente durante uma hora.Tornou-se mesmo um quase ritual, do qual já não prescindiamos. Num desses passeios, no meio de tantos veraneantes desconhecidos, ouvimos alguém que alegremente se nos dirigia: - Olá! Ora vivam os meus conterrâneos! Já nem dizem adeus... Surpreendidos parámos, e vimos quem assim faláva. Era a D. Herminia uma senhora da nossa terra que também estava em férias com a familia, em Armação. Ao lado dela o irmão mais velho que igualmente nos abraçou. Trocámos meia duzia de palavras, gostámos do encontro inesperado, e recordámos a frase "o mundo é pequeno..." Dissemos adeus e prosseguimos o passeio, em sentido oposto do dos nossos amigos.
No regresso voltamos a cruzar-nos, e ela veio de novo até nós, mas para eu confirmar (pois o irmão não queria acreditar) que esta era a Dilita de que ele ainda se lembrava, e que já não via há muitos anos. De facto eu estava com mau aspecto, tinha emagrecido, estava triste, e de roupas negras, nada aliás me favorecia. Eu olhei para ele e sorri tristemente...
Infelismente ele já faleceu, e apesar do tempo que passou eu ainda recordo esta cena ao pormenor, agora até com mais ternura. Ele estava ali na minha frente, e olhava para mim com um ar um tanto pezaroso, e sem conseguir calar a sua sinceridade exclamou, "era tão bonita..."

Mentiria se não dissésse que gostei de ouvir aquela afirmação.Voltei a sorrir, e apressei-me a dizer-lhe: - diz bem, Sr. Evaristo, " Eu era"... " Eu era..."

 
Como estou em fase de recordações,
porque não colocar aqui uma fotografia dessa tal Dilita?



segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Aniversário


Pois é verdade meus caros visitantes, eu reparei que vivi mais um ano. A conta somou o total no passado dia cinco deste mês de setembro. E que total...
Já somei uma dúzia, um quarteirão, meio século, um môio, sabem quanto é esta medida de secos? (são 60 alqueires.) E de então para cá, isto tem sido sempre a somar, com uma rapidêz em que só reparo no tal dia cinco, em setembro de cada ano. E assim aconteceu há dias, passei a contar três quarteirões.
É bom constatar periódicamente que vivemos mais doze meses, e ter os nossos à nossa volta, bater na madeira com os nós dos dedos paralisando o mal, e aceitar de boa vontade a actuação ainda reduzida do caruncho, porque já não se pode exigir saúde a cem por cento, mas sim valorisar a que temos.
Já tenho ouvido dizer que velhos são os trapos, não as pessoas...
E também que chegar a velho (velha) é um privilégio... Gosto desta opinião.
Também gostei deste dia do meu aniversário, a familia esteve mais perto de mim,
e eu decidi perguiçar e não fazer jantar. Assim, fomos a um restaurante aqui perto em Buarcos. A comida foi do agrado de todos, e a boa disposição também.
Desta vez tive direito a fotografia, só eu e o meu mais que tudo, que estava distraído a olhar sabe-se lá para quem... No fim ainda démos uma volta pela cidade; bem, o carro é que andou, nós só colaborámos.
Mas é preciso assumir; por isso, para além das palavras coloquei também a foto, e já agora com legenda.
( Nos setenta e cinco anos da Dilita. )

domingo, 9 de setembro de 2012

O aniversário da Anita e as plantas

Eu já aqui falei da Anita,uma senhora natural da Madeira e ali residente em Sta. Cruz. Começámos a trocar correspondência há alguns anos, em momentos dificeis das nossas vidas. Ela por sofrer com a solidão de viver sósinha, sem um familiar ou parente próximo com quem partilhar palavras e afectos. Há quem não se importe e não sofra por estar só, mas será excepção, porque a regra é marcada no sentido do plural. Eu também estava demasiado triste na altura, não por solidão, até sou felizarda porque tenho a minha familia, marido filhas e neto, mas havia tristeza em mim por algo que vivi, e de que não conseguia alhear-me.Na perspectiva da correspondência com ela, eu pensei encontrar motivo que me ocupásse a ideia, embora não por completo, mas talvez resultásse. Eu já aqui falei nisto há uns tempos, por outras palavras certamente, mas dizendo o mesmo. Com a aquisição do computador, este bichinho cativante, a Anita ficou a perder, pois escrevo menos. Socorro-me do telemóvel, para não ficar mal vista, porque ela continua igual, sempre á espera das minhas noticias. A Anita faz anos na próxima quinta feira, portanto no dia 13 de Setembro, e embora longe "eu estarei perto" com o meu abraço de felicitações. Em vez do postal ilustrado,vou aqui colocar uma fotografia. Trata-se das plantas que viajaram de avião da Madeira para mim, fechadas numa pequena caixa, enviadas pela Anita no ano passado. Elas cresceram e ficaram lindas, mas a seguir começaram a diminuir, e uma folha hoje outra amanhã desapareceram de todo. Eu nem quis dizer à Anita... Sem saber porque assim fazia, eu sempre que regava as outras plantas, regava esta terra que aparentemente nada tinha. Os meses passaram, e qual não foi o meu espanto quando um dia vejo surgir da terra escura, as folhas cheias de força e côr. E de novo uma a uma elas voltaram à vida e cresceram. Eu fotografei, e aqui está mais este lindo milagre da Natureza. Posteriormente a Anita esclareceu-me, e lamentou não me ter avisado : esta planta é assim. Cumpre um ciclo à superficie, e conserva no escuro da terra, a raíz, um bolbo, uma promessa de nova vida. E que dizer mais? A Natureza é tão rica e grandiosa que ofusca as minhas palavras.
Só ainda um abraço à Madeirense Anita (minha amiga) ela a razão deste meu texto,e a certeza de que é bom conviver, mesmo à distância....
      

domingo, 2 de setembro de 2012

Mimos da Ligia do Brasil

Presentes da Ligia!!!!

E quem é a Ligia ? É uma Sra. (uma jovem) brasileira, que vive em São Paulo e que eu conheci há pouco tempo ( através dos blogs) mas que me parece ser um conhecimento de longa data. E vou mais longe, é que nem só a ela eu estimo, mas também à irmã Leila, e à mamã, a D. Aparecida, apesar de nunca as ter visto. Como eu gostaria de as abraçar pessoalmente... Isto é inexplicável, o nosso entendimento tão próximo, e com o Atlantico feito barreira cerrada entre nós... Coisas da blogosfera? Talvez seja sim a causadora ; e se é, então bendita seja. Só me tem trazido coisas boas. E eu que aprecio sobremaneira atenções e mimos...

Hoje o correio trouxe-me uma caixa de presentes, produtos brasileiros que a Ligia e a familia escolheram para me presentear. Eu parecia uma colegial com o coração acelerado ao abrir a caixa, com pressa de me inteirar do conteúdo. Coisas tão engraçadas, gostei muito, eu vou aqui colocar as fotos.

Oxalá consiga mostrar com exatidão.

Mas antes, quero aqui deixar o meu agradecimento às minhas tres amigas. Dizer-lhes o quanto fiquei contente, e mandar beijinhos, a dividir pela D. Aparecida e pelas filhas Leila e Ligia.


Aqui todo o conjunto de prendas e também os papelinhos com a mensagem escrita de quem ofereceu.

Adivinhem o que é esta espécie de bibinho... Ao lado um espanta espiritos.
 
 
É um suporte para pano da louça,ou das mãos. Condiz com o espanta espiritos, e dá alegria à cosinha.As duas peças são oferta da D. Aparecida e da Leila. Mamã e irmã da Ligia.

 
Estas as prendas da Ligia; panos da louça com a palavra amor impressa nos corações vermelhos,um ralador miniatura muito gracioso, um creme especial para as m/mãos e unhas (ela bem sabe que eu por vezes lavo a louça à mão, tenho de me cuidar depois),uma caixa com bombons recheados de licor (como é que ela adivinhou que eu sou gulosa por eles...) E nem o m/marido foi esquecido, pois para ele também um mimo 3 garrafinhas de chocolate também recheado de ótimas bebidas. Uma cartinha com palavras carinhosas, e uma alfineteira, é um gatinho de feltro branco, até já trás os alfinetes. Quem não ficaria contente recebendo estas gentilezas?.. 
 
Só coloquei assim o espanta espiritos para a fotografia, e para mostrar as galinhas e as frigideiras já com o ovo estrelado.Depois terá o seu lugar, e todo na vertical desafiando a aragem...

 No lugar certo ; no cesto da costura. Como eu gosto destas coisas...
 
A Ligia é um amor de pessoa. Passem no seu blog e verão como ela distribue estima por todo o ser vivo. Ama a sua familia, mas os animais e até as plantas também têm lugar no seu coração.