sábado, 28 de dezembro de 2013

E assim se passaram cinco anos...

Pois é, caras amigas e amigos, faz hoje precisamente cinco anos que coloquei o primeiro post neste meu Birras. Em dia de aniversário, olho para trás e fico contente! Tive o prazer de escrever o que queria, nunca recebi censuras, mas sim palavras simpáticas, e até conquistei amizades!
Assim espero pela vossa companhia (em espirito, porque não pode ser em presença) para logo à noite tilintarmos os copos, num brinde por todos os blogueiros amigos. O champanhe, não o é, mas é gostoso e "faz pum" ao descolar a rolha... ser barato não é defeito.
Obrigada e beijinho.

Em geito de recordação aqui fica o post com que iniciei o Renda de Birras.

Eu gostava de rimar
Faze-lo com perfeição
Rimar amar com luar
Não me dá satisfação

Rimar só por si, é pouco
Preciso doutro sentido
Verso de conteúdo ôco
Não me fica no ouvido

Poetas de grande "porte"
Junqueiro, Antero e o Nobre
Gosto da poesia forte
Desdenho do verso pobre

Os de Antero, maviosos,
Mordazes os de Junqueiro,
Do Nobre muito mimosos
Como flores em canteiro

Quem me dera o seu rimar
De silabas tão certinhas!
Modesto o meu versejar
Não gosto das rimas minhas.

(e é verdade, não gosto, mas insisto)



quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Sonho

Aquele velho Palácio outrora quase um castelo, tornou-se uma ruína. Pelas inumeras fendas dominantes em toda a sua estrutura, entrava o vento que furiosamente sibilava e, triunfante, repetia em cada rajada: - Vê  velho palácio, de nada valeu teu porte altaneiro, tudo tem seu fim, o tempo aniquila... Tantos anos rodopiei em teu redor usando as minhas forças, parecias inexpugnável! Eu dizia para mim: - Não serás eterno! Eterno sou eu! E hoje aqui estou passeando livremente nas tuas salas como rei e senhor.
- Sabes Palácio, hoje é noite de Natal!
- E o velho Palácio semelhante a um velho Fidalgo de cãs embranquecidas e alquebrado pela idade, murmurou num misto de coragem e dignidade: - Sei sim, é Natal ! como poderia eu ter esquecido?
- Sim, recordas o conforto dos teus aposentos, as amenas cavaqueiras, a Familia, as lautas Ceias de Natal...
E o Palácio retorquiu agora com altivêz: - São famosos os serões na Província, aqui assisti a muitos. E também ás Consoadas aonde estavam presentes os Trabalhadores da Quinta e os Pobres do nosso pequeno Povoado; o Senhor Seabra era um bondoso coração!
A Lareira, ainda cheia de lenha mas apagada, suspirou e repetiu tristemente: - era um bondoso coração... Para aqui estou, fria e inútil. No seu tempo eu crepitava e aquecia as crianças da aldeia sentadas à minha volta enquanto ele lhes contava histórias nas tardes frias de Inverno; de tanto as ouvir eu as aprendi: "Era uma vez um Capuchinho Vermelho que ia a..." - Cala-te velha desdentada! - rugiu o vento furioso, fazendo cair mais um pedaço de estuque; agora o Senhor sou eu, destruo a meu belo prazer e detesto ouvir falar de ternuras.
O luar deixou de brilhar, a Sala tornou-se negra como Brêu e, subitamente, um após outro, os relâmpagos rasgaram o Céu. Um trovão fantástico ecoou e num clarão imenso de mil cores a lenha da lareira incendiou-se dando luz e calor àquela sala triste. A porta rangeu nos gonzos e deixou passar um vulto, talvez o do velho Fidalgo - o Senhor Seabra - que avançou lentamente e alcançou o maple estofado a seda, gasto pelo uso e coberto de poeira. Sentou-se frente ao lume que crepitava e desenhava nas curtas labaredas danças fantasmagóricas jamais executadas. O silêncio voltou àquele Palácio em ruína.
Pouco depois vozes maviosas ouviam-se à distância entoando em côro canções de Natal e, pelo canto do vidro quebrado da janela, distinguia-se iluminada por uma bela estrela a Gruta de Belém.
Mas não eram as habituais figuras estáticas do Presépio que lá estavam. Ali tudo era físico, humano, e até o Menino Jesus ora dormia, ora chorava, como fazem os bébés recém nascidos.
" Maravilha", pensei;  "vou pedir á Virgem Mãe que me deixe pegar o Menino nos meus braços!"
E corri; corri tanto, tanto, até cair de cansaço.


Queridas amigas e amigos, peço que aceitem os meus cumprimentos
com os desejos de Feliz Natal !
Que a alegria reine em vós, sempre, mas em especial nesta Quadra Natalicia.

( eu fico um pouquinho triste; - não consegui chegar à Gruta de Belém...)

domingo, 1 de dezembro de 2013

Futebol

Eu não conheço quais as técnicas relativas ao futebol como jogo que é. Por isso mesmo, não encontro aquela beleza que os relatores apregoam, e os adeptos avaliam e aplaudem. Ou quase choram, quando é o adversário que está em evidência como o melhor em campo.
Mas muitas vezes assisto aos jogos.  O espetáculo entra pela casa dentro via T.V, e na frente do aparelho fica um adepto a sofrer, é o meu marido. Mas a sofrer pelo benfica... Quando acontece golo, grita a plenos pulmões. Há dias ao chegar a casa trazia esta novidade: - a vizinha de cima que também é benfiquista, disse-me agora, que ouve eu gritar quando o benfica marca. Sorri, mas não fiquei admirada, porque eu penso que aqueles brados devem mesmo chegar ao telhado... E recordei a visinha do piso inferior ao nosso, que há tempos, também me contou assim mais em pormenor, que dizia ao marido: - óh António vai ligar a T.V. depressa que foi golo, porque o Sr. de cima gritou...
Ao que parece neste prédio residem vários adeptos do benfica, o que é bom, pois com espiritos incompativeis nunca se sabe qual a reação em momentos acalorados.
Cá em casa é que é diferente, a nossa filha mais velha é adepta do Futebol Clube do Porto. Não é fervorosa, nada disso, mas às vezes consegue irritar o pai, porque ele a leva a sério... Eu quedo-me pela neutralidade, e a situação acaba por me fazer rir.
Não partilho afecto por nenhum clube em especial. Gosto da Naval, o clube desta cidade (com Estádio ao alcance da minha visão) que já viveu épocas magnificas e que actualmente está mal, muito mal.
E desde a minha juventude que simpatizo com a Académica, a equipa dos estudantes de Coimbra. Sempre que jogam desejo que ganhem, e nem sempre assim acontece, têm tido épocas muito más.
Mas ontem, jogaram com um dos grandes, com o Futebol Clube do Porto, e ganharam.
E hoje pela manhã, o meu marido secalhar com uma pontinha  de mau pensamento, teve esta expressão:
- eu gostei  que o Porto tivesse perdido. E eu com a maior das franquesas afirmei :
- eu gostei que a Académica tivesse ganho!
E a rir acrescentei; - a relativa satisfação é comum, mas os motivos divergem...
Rimo-nos, e hoje joga o Benfica. Haverá grito aqui em casa?.....

sábado, 30 de novembro de 2013

Milagres da Natureza

Diz-se que candeia que vai à frente alumía duas vezes...
Nesse sentido tudo pode acontecer um pouco mais cêdo, sendo maior a surprêsa. O mês de Dezembro começa amanhã, mas eu já recebi hoje o primeiro presente de Natal !
Frutas bonitas e perfumadas; dá gosto estar por perto...
Gostei muito! Tanto, que decidi fotografá-las.
Do sabôr, que já adivinho, falarei depois.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O casaco branco

Eu julgava que já tinha contado as minhas histórias todas, mas hoje sem procurar, a imaginação trouxe-me esta. Foi há tanto tempo, anos sessenta...
Eu tenho a impressão que naquela altura, as pessoas, sobretudo jovens, eram mais vaidosas. Ligava-se muito ao vestuário, não havia roupas de marca, era tudo confecionado por medida, ao geito do corpo. Havia modistas, alfaiates, e costureiras que trabalhavam diáriamente na arte da costura. E algumas casas em Lisboa já recebiam roupas prontas, feitas não sei onde, mas que marcavam a moda e eram caras.
O meu marido que nessa altura residia na Capital, e era apenas meu conversado (era assim que se chamava) fez compras numa dessas lojas de moda, e quando chegou o mês de setembro época das festas da Vila, veio a Montemor-oVelho onde eu residia. Apareceu-me todo elegante, vestido com calça preta e casaco de linho branco, e engravatado, claro, naquela altura era assim.
No principio do ano seguinte casámos, ficámos a residir na zona de Lisboa, e quando acabou a lua de mel, eu com vagares, tratei de pôr as roupas em ordem. Lá encontrei o casaco branco devidamente acondicionado numa mala, e o meu marido até me recomendou cuidados com ele, que vestiria depois na primavera. Coloquei-o no guarda fatos e não pensei mais.
Quando o mês de Maio chegou, aconteceu termos de vir a Coimbra tratar dum assunto. Seria no dia 28 de Maio que há época era feriado nacional. O tempo tinha aquecido, apetecia roupa um pouco mais leve, e então o meu marido uns dias antes disse-me que nesse dia iria vestir aquele casaco branco. Perfecionista como sempre, entendi que o dito cujo não estava devidamente limpo, e em vez de o levar á lavandaria para limpar a seco como fazia com os fatos escuros, tratei de o meter no tanque e comecei a lavá-lo com sabão. Fiquei estarrecida... o que eu tinha nas mãos já não era um casaco, era um monte de tecido retorcido, todo encolhido, dum lado maior do que do outro, todo assimétrico, uma lástima. E eu amargurada com a minha obra...
Há noite quando o meu marido chegou, lá arranjei forças para lhe dizer que tinha estragado o casaco. Ele a principio até pensou que eu estava a brincar, mas quando a realidade foi mais forte, ficou decepcionado; "o casaco que era novo e tinha sido caro..." e repetia uma e outra vez. Fez-me censuras, pois claro... e naquela altura do campeonato, ainda casados de fresco, aquilo foi para mim o fim do mundo... Recordo que nem jantei, comi uma canja, e fui prá cama chorar.
No dia previsto viajámos para Coimbra no combóio, e eu sempre a pensar no casaco... Depois de tratarmos do assunto que ali nos levou, fomos visitar os Padrinhos. A certa altura a Madrinha fez questão de me levar só a mim ao andar superior da residência para falarmos, e fomos ao terraço; uma vista lindíssima sobre o Mondego, fiquei maravilhada. Mas eu estava aflita, e contei-lhe do casaco: ela como desconhecia a dimensão do estrago que era total, animou-me, e disse que eu com o meu jeito iria descoser e remediar...
De facto remediei. Mas como? Fiz eu um casaco novo.
No rés do chão do nosso prédio havia uma lojinha de tecidos. Fui lá buscar umas amostras de algo parecido e que agradásse ao"prejudicado".Tecido aprovado, comprei, assim como entretela e forro.
Eu não sabia corte de alfaiate, mas sabia como fazer para o arranjar.
Um alfaiate muito conceituado com estabelecimento na rua Augusta, tinha feito uns fatos para o meu marido, e também a indumentária para o casamento. Sacrifiquei um lençol usado, e colocando uns pedaços dele sobre um dos casacos, com muito cuidado, cortando aos poucos, construí todos os moldes necessários e completamente à medida. Depois, confecionar não era problema, fiz uma obra perfeita. Do casaco retorcido aproveitei apenas os botões.
Uns dias depois, quando o meu marido chegou e entrou no quarto, encontrou "em pose" em cima da cama, o casaco novo. Gostou.
No dia seguinte já o levou para o trabalho. Naquele salão só as empregadas usavam bata. Os homens trabalhavam de fato inteiro e gravata, fosse verão ou inverno. Todos repararam no casaco e à pergunta normal "onde compráste" veio a resposta, secalhar com alguma doze de vaidade, foi a minha mulher que fez! Mesmo à distância eu senti os louros... mas não merecia todos, porque o corte pertencia ao grande Alfaiate. Só que isso, eu não disse a ninguém.
  

sábado, 16 de novembro de 2013

Mais um pôr do sol


Esta fotografia foi tirada há cinco minutinhos. É um instante enquanto dura esta beleza. Há que aproveitar pois não é todos os dias que acontece!

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Sumi, mas estou de volta...

Olá amigas e amigos!

Grata pelas atenções recebidas, desejos de melhoras e palavras encorajadoras; eu recebi esses mimos todos, por email, por telefone, e aqui no meu birras; contudo a falta de disposição afastou-me do computador... Renovo agradecimentos, e junto o meu pedido de desculpas.

Mas hoje aqui estou! Ainda não é caso para deitar foguetes, mas como já me sinto melhor, estou animada e vim contar-vos.
Também por enquanto ólho o trabalho com má vontade, e como as teclas deste meu amigo me cativam sobremaneira, vim ao que gósto, e vou colocar  uma poesia que encontrei num jornal à algum tempo já, precisamente em Março de 2008. "Gostei, guardei."

" Sombra dos mortos,maldição dos vivos.
Também nós... Também nós... E o sol recua.
Apenas o teu rosto continua
A sorrir como dantes,
Liberdade!
Liberdade do homem sobre a terra,
Ou debaixo da terra.
Liberdade!
O não inconformado que se diz
A Deus, à tirania, à eternidade.

Sepultos insepultos,
Vivos amortalhados,
Passados e presentes cidadãos:
Temos nas nossas mãos
O terrível poder de recusar!
E é essa flor que nunca desespera
No jardim da perpétua primavera".

(Manuel Alegre)

E quem poderia ser, senão ele, a falar em verso desta forma?!

domingo, 3 de novembro de 2013

Obras, um mal necessário

Pois amigos  e amigas visitantes,

Procuro trazer para aqui coisas bonitas, ou pouco feias, mas desta vez trouxe o que me acompanhou durante cinco dias em que vivi atormentada. Obras em casa, mais própriamente desfazer na totalidade um quarto de banho, e refaze-lo  com tudo novo.Os trabalhadores corretos, aplicadíssimos, nem um instante se descuidavam, uma equipa perfeita. Mas tudo leva seu tempo, e o pior foi o pó, que mesmo com o cuidado de fechar portas e tapar móveis, alastrou a quase toda a casa.
Já passou, mas creiam que ainda não tenho a casa em ordem; e seja ou não por causa destes pós, eu voltei a piorar em relação aos brônquios. Há quatro dias que estou de novo doente. Para arranjar ânimo, vim aqui contar "os meus males", porque desabafar, alivía.
Abraços para todos vós.
 Aqui no patamar da entrada começava o estaleiro. Bom mesmo é o visinho só aqui vir de férias...
Porta aberta, casa guardada... era assim das oito da manhã às sete da tarde.

Lixo em duplicado

 Mas isto era o quarto de banho ? E ficou assim em poucos minutos...
E isto, será o hall da minha casa? Quem tal pensaria...

Tijolos e pouco mais

 Desta varinha mágica é que eu gostei ! Em breves minutos estava a cola batida...
Quando começou a ganhar forma, mas muito rudimentar ainda...

Um fim desejado

    A obra ficou pronta, foram cinco dias, mas pareceu uma eternidade...
O Gabriel aproveitou a oportunidade; todo sorrisos, que nos contagiaram...

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Pôr do sol rosado

O fim do dia na minha rua. Fiquei empolgada com tanta côr, e fotografei.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Engraçado sem menosprezar

Criança é sempre um amor. Seja branca e lourinha,
ou seja escurinha e de cabelo encarapinhado.


E onde fui eu buscar esta ternura? Não adivinham? Então eu digo;
alguém que tal me permite, sem reservas. E quem é? É o
Zito, um amigo meu, do blog ARROSCATUM.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

A Borboleta e a Flor

Com felicitações pelo meu aniversário. Encontrei esta atenção a mim dirigida no Blog ARROZCATUM. Gostei imenso.  Eu sou muito sensível a mimos, e ás belezas da Natureza. Um abraço e um grande obrigada Zito amigo.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Uns dias no Paraiso

Eu ando como alguns relógios, sempre com atraso... As nossas férias no Algarve já quase estão esquecidas, e só hoje aqui vim falar delas. Mas mais vale tarde que nunca...
Pois eu tinha um desejo por realizar: -viver numa casa frente ao mar. Para residir em definitivo já não ia acontecer, de modo que um fim de semana, ou umas semanas de férias, seria a realização do sonho sempre adiado. Inesperadamente este ano aconteceu. Como adoeci, adiei o telefonema para garantir a mesma casa de sempre, e quando o fiz já estava ocupada. Porém o que parecia pouco agradável, termos de procurar casa, revelou-se simples e até favorável.
A sorte levou-nos de imediato para um quinto andar, com amplas varandas, e frente ao mar... Finalmente o sonho tornou-se realidade, foi mesmo surpresa agradável. Quando entrei na varanda, como eu fiquei contente... E nos dias seguintes que bons bocados de tardes eu ali passei, sentada a ler, ou a observar a maré que subia, e as gaivotas que voavam quase ao alcance da minha mão.
E também fotografei o que eu via lá do alto... Escolhi estas três fotografias.
 Estas casinhas pertencem aos pescadores,são para guardarem os apetrechos da pesca.
Aqui havia animação de rua todas as noites. Lá está o placar de publicidade, e logo depois a entrada para a nossa praia.
A maré tinha sido grande, deixou a areia molhada e feia, mas logo mais o sol a deixaria seca.

Gaivotas na areia

Aqui na praia dos pescadores há muitos barcos, redes amontoadas, pescadores sentados a tratar delas, e gaivotas convivendo de perto.
Barcos, mas sobretudo  redes protegidas com tecido impermeável de várias cores. É assim na praia dos pescadores.

domingo, 13 de outubro de 2013

Gostei,roubei...

Aprecio este recorte escuro em forma de coração, e ao fundo as ondas brancas.
Estas duas são da autoría do meu marido. Bonitas, não acham? Direi mesmo excelentes, e eu até sou exigente. Gosto mesmo muito delas, e não perdi tempo "roubei-lhas."

Quando o dia começa em Armação de Pêra

Pelas oito horas da manhã, com a praia quase deserta, só nossa...
A sétima onda, maiorsinha, a dizer-nos que isto também é mar salgado.

Senhora dos Navegantes

Entrámos na Igreja. Esta é a imagem da Sra. dos Navegantes. Armação de Pêra foi e ainda é, mas em menor escala actualmente, terra de pescadores.

Praia diferente

Nuvens escuras e vento; chamado o levante, que por vezes é demasiado forte, assustador mesmo, mas desta vez não foi o caso. Apenas o mar alterado e a areia a agredir-nos...

O tempo mudou, e dissemos adeus

Estava calor, mas instalou-se a cor cinza no céu e no mar.
E a chuva já anunciada, não se fez esperar. Assim, adeus Algarve...

sábado, 12 de outubro de 2013

É bom fazer anos


Fica-se mais velha, mas recebe-se mimo.  Livros, a minha colónia preferida (que por acaso até é indicada para o sexo oposto) e mais prendas.
As minhas filhas e o meu marido sabem das minhas preferências, e neste aniversário também não se esqueceram.
Ao fotografar não tive a devida atenção, e escondi o titulo do livro de Ken Follett, é O Estilete Assassino.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Mimos, bonitos e bons.

Já não é segredo, eu gosto muito de chocolate. Nunca recebi tantos como neste aniversário. Aqui só coloquei um de cada, mas a verdade é que as ofertas foram em triplicado...  Penso que terei chocolate até ao Natal, porque eu consumo com moderação.


À conta do meu aniversário...


E porque não, eu oferecer também uma prenda a mim própria? Pois desta vez "lembrei-me" de mim. Não pensei muito no preço, e zás, mandei embrulhar. A carteirita pequena é para os cartões do multibanco, e tem até uma calculadora. A particularidade é apenas o material de que são feitas. Trata-se de cortiça, dos sobreiros do Alentejo, um produto português muito em moda actualmente,  a chamada pele de cortiça.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Setembro 2013

Setembro é o mês dos aniversários cá em casa. Eu, e o meu marido, a filha mais nova, e também o Gabriel, nascemos todos em setembro. Só a filha mais velha é de fevereiro.
Assim no dia 30, mais um aniversário; da Clarinha,(que até é morena) que o passou a trabalhar, pois a Escola tem datas e horários que a tudo se sobrepõem. Eu como tinha vindo de férias, até me apeteceu cozinhar; coisa muito simples, mas gostosa... Jantar na cozinha, tudo na lei do menor trabalho.
Gostei, gostámos, de ter as filhas em nossa casa, à nossa mesa, como antigamente.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

E mais um ano eu somei.


Estas são as recordações fotográficas do meu aniversário. Foi em setembro. Como se tornou hábito, neste dia eu recuso cozinhar, e por isso vamos jantar ao restaurante. A filha mais velha fez as fotos, de modo que não ficou no grupo. Todos estamos com expressão esquisita, e eu já estava a começar a adoecer, mas ainda não tinha perdido o apetite...

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Bloguistas amigas e amigos

Nestes últimos meses a saúde tem andado a pregar-me partidas.
Mas será a saúde? Ou a falta dela?
Não quero acreditar em depressão, mas um desânimo intermitente (e ainda bem que não é constante) tem vindo a apoderar-se da minha pessoa. Por isso tenho descurado o blogue, que coitadito também está a ficar sem jeito.
Coloquei a borboleta azul, e logo no dia seguinte adoeci, mas a valer, com febre alta e qualquer coisa de grave no sistema respiratório. Médico, medicamentos e cama, durante uma semana, coisas tão desconsoladas para quem perspectivava sair de férias em dia já marcado... Sofri mesmo com tanto mal estar, e já nem pensava em Algarve nem nada, eu só queria silencio e isolamento. Mas, dizia o povo antigamente "que, a quem Deus promete, não falta", e na linha dessa máxima, eu fui presenteada com as melhoras, e embora ainda achacáda mas já em condições de viajar, lá segui ou melhor, lá seguimos, uns dias mais tarde do que o previsto, rumo ao Algarve. O computador ficou cá em casa, por isso só hoje (regressámos ontem) e já sentindo a sua falta, vim bater-lhe as teclas para mandar a todos vós as minhas saudações, com a promessa de recomeçar, e tentar fazer algo de melhor; se for capaz...
 

Mais um ano! Viver é um privilégio...


Esta foto pertence também ao conjunto daquelas feitas na praia do Pedrógão. O ambiente não parece bonito, é na esplanada dum restaurante popular; mas acreditem, as sardinhas assadas que ali comemos eram mesmo ricas!
Ricas no aspecto e no sabor! 
Meu marido de parabéns nesse dia, completando mais um ano. 

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Eu gosto das borboletas

Desta vez, eu não roubei a borboleta. Palavra que não! Alguém não lhe ligou importância, e foi para colocar a revista no contentor... Pelo menos eu encontrei-a ali, em jeito de ter caído, e meio aberta, precisamente na folha onde ela estava, esta borboleta de características especiais. Vale a pena ler o pequeno texto com os pormenores.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Surpreendida

Não gosto muito de falar de dinheiro, nem do modo como qualquer de nós o gere, acho que é assunto do foro intimo, e por isso cada qual sabe de si.

Pela minha parte sempre o gastei com ponderação, não podia ser doutra maneira, e ainda hoje observo alguns limites, que não me agrada transpor. Mas não sou escrava do vil metal ao ponto de "andar ás voltas" por causa de evitar gastar uns escassos centimos.

No entanto, não gosto de algumas facilidades que considero erradas, que há quem pratique como sendo certas. Há pouco tempo ainda, mas não sei à quantos dias ou semanas, recebi uma encomenda vinda pelo correio, e entregue em mão por um funcionário da empresa. Era um pequeno pacote, cuja entrega era feita contra reembolso. O empregado recebeu o dinheiro, e quanto ao troco que eu aguardava, disse-me com ar mais que natural: - "eu tinha de lhe dar um euro, mas como não tenho, não dou".

Surpreendida, não disse nada, mas não gostei. Afinal um euro não é o valor dum saudoso escudo. Quero acreditar, mas não sei se deva, que ele não tivesse um euro, mas teria no dia seguinte e poderia colocar na caixa do correio. Assim, achei que aquilo foi uma espécie de caça à gratificação forçada.
E entretanto pensei : se isto é hábito nesta criatura, ao fim do mês deve ter colecionado qualquer coisa suficiente para uns cafésinhos bem bons...

Isto o necessário é ter ligeireza... 

domingo, 1 de setembro de 2013

No Pedrógão encantei-me de novo, e fotografei

Esta estrutura não é obra humana, é natural. Só pedra, com os seus milhares de vincos, e cortes. Obra de anos e anos, com o mar na sua constante erosão.

Num belo dia de sol

         Mar bravo e bandeira vermelha, mas calor e brisa muito agradável.

Ainda a beleza do Pedrógão

Ao lado direito na foto, é onde começa a praia para a maioria dos banhistas. Amanheceu com forte névoa, e nesta altura ainda não se tinha dissipado completamente.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O Fogo ? Não. O Terrorismo !

Hoje outra vida se perdeu num dos incendios, uma jovem bombeira com 21 anos. Também alguns companheiros foram apanhados pelo fogo, e estão no hospital em sofrimento, alguns em perigo de vida.
Quantas vidas mais se vão perder, até que acabe esta desgraça que parece não ter fim? Eu não compreendo este cruzar de braços de quem de direito... Afirmam que estão assegurados os meios de combate e por aí se ficam. Depois quando surge a fatalidade, os altos representantes do País enviam condolências, as tais palavras já gastas de tão repetidas, e logo depois esquecidas.
E entretanto o país vai ardendo cada dia mais; mas, é tudo natural, é a época dos fogos, é assim como a época da praia, e outras épocas... Que falta de humanidade! Eu digo, eu grito bem alto: - que época tão malvada cheia de sofrimento, para tantos portugueses!!!
Hoje ouvi na rádio (porque eu não quero ver na TV as noticias) que estavam referenciadas cinquenta pessoas, suspeitas de terem ateado fogos, e que trinta estavam já detidas. As outras vinte secalhar andavam a ver o espetáculo, digo eu.
Porém, "já estava alguém a arrepelar-se" porque cada preso custava ao País quarenta euros por dia. -Isto é revoltante, é horrivel, é vergonhoso!  
Não tenho palavras! - então os portugueses têm de estar à mercê de pirómanos, doidos, bandidos, criminosos, só porque o governo não quer gastar quarenta euros por dia? Mas não fazem conta ao que gastam com o pessoal que está de plantão, a guardar as casas dos politicos que estão no activo, e dos outros que já passaram à reserva?! Para esses cuidados não há lamúrias... há dinheiro!

Eu não simpatizo muito com o Sr. Dr. Alberto João Jardim. Acho que ele se inflama demasiado, e ás vezes até é inconveniente. Mas nesta altura eu mudei a minha opinião. E sabem porquê? A Madeira também se viu a braços com um enorme fogo há poucos dias. E o Presidente da Madeira o que fez? Veio prá rua, acompanhou o povo, e falou; ou melhor, ele gritou! como é costume. E o que disse? Que aquilo era um acto de terrorismo, que fogo posto é isso mesmo. E por isso, deu ordem para responderem com igual terrorismo, em relação aos criminosos que encontrássem a incendiar. Digam lá se não resultou?!
Voltaram a ter fogo ? Até hoje, não.

Bem haja Dr. Jardim! E que nunca a vóz lhe doa para defender a sua terra!

Aqui desculpam-se com o calor. Bandidos! No alto das serras pela madrugada está um grande sol e um grande calor... Continuem a desculpar os canalhas, e tornem o País cada vez mais pobre, e o povo mais triste, e infeliz. É essa a vossa decisão.

 

sábado, 24 de agosto de 2013

Tudo ternura...

Bonito não é?
Está no Blog Presente, mas agora está também aqui.


quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Ainda temos floresta em Portugal?

Caras amigas e amigos que ainda vêm até ao meu blogue...

Eu quero pedir que me desculpem, pois esta apatía em relação a escrever qualquer coisita, está a tomar conta de mim, duma forma constante. Isto desagrada-me, mas reagir não está actualmente "no programa".
Bem, mas hoje contrariando o ego, e mandando mais do que ele, estou a tentar escrever umas lérias, para espairecer...
Como é meu hábito, logo que chego à cosinha para tratar do pequeno almoço, ligo o rádio. Não tardou que ouvisse falar  nesta desgraça que tanto nos toca, a situação dos fogos que estão matando as nossas florestas, a vida selvagem, e os bombeiros. Também tenho visto na T.V. alguma coisa das reportagens feitas em pormenor, sobre esta calamidade.
Porém, fico sempre, e fiquei, a pensar sobre a forma como quem de direito, se exprime  assim de ânimo leve, acerca do fogo... Falam do fogo como sendo natural, quáse banal, assim uma coisa ciclica, normalissima, como se de uma colheita esperada se tratásse. Fázem comparações sobre os hectares de área ardida neste ano, com os que arderam nos anos anteriores. Falam aliviados, que este ano tem ardido menos... ( Ótimo!!! - secalhar, então, pode continuar a arder mais para igualar.) 

Que forma desprendida de falar da desgraça! Que tristeza!!! 
Que falta de consideração para com as pessoas que perderam os seus haveres, e pelas outras que ficaram a sofrer nos hospitais, vitimas de queimaduras entre a vida e a morte. Por aquelas que morreram, e já são tantas. Pelas familias cuja dor só elas sabem, e daqui a dias ninguém se lembra do seu sofrimento que será eterno.
Os meios de comunicação avisam de véspera que vem aí mais calor, e apelam ao cuidado... Decerto até valia mais não dizerem nada...
 porque isto acaba por funcionar ao contrário, é assim uma espécie de informação bem vinda  para ir colocar o rastilho, de que os miseráveis estão sempre à espera. E tudo isto funciona impunemente. Sim, impunemente;  já ouviram dizer que alguém apanhou cadeia por largos anos por incendiar? Nada disso... Isto é uma vergonha já comentada no estrangeiro. Toda a gente sabe, que o fogo, a desgraça de uns tantos, se transformou no lucro dum grupo, ou grupos, de bandidos sem coração. Todos já sabemos que estes fogos não acontecem por acaso. O calor só por si não faz fogo. Não venham para cá com fantazias, que as pessoas não são parvas... Digam antes e em boa verdade, que infelismente no nosso país acabaram os homens que lutavam pelo povo e pela Pátria. Homens dignos, que honravam a sua Bandeira, e sentiam o País como seu.

Ai que falta nos faz o Marquês de Pombal, ou outro qualquer com "figados" iguais !

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Quando o Mar faz de Lençól

A minha amiga Heide, bloguista brasileira, tem uma certa atração por Cabo Verde, e em "conversa" com  o Zito confessou-lhe que gostaria que o mar fosse um lençol que ligásse  Cabo Verde ao Brasil... Era só puxar, e qualquer um dos Países logo ficaria perto. Posteriormente enviou para ele esta foto, em jeito de alusão a esse  desejo. Eu gostei desta montagem, e zás, roubei-a! Mas como o respeitinho é muito lindo, devo dizer que lhes pedi licença, e ambos me deram permissão para roubar...

terça-feira, 6 de agosto de 2013

E Um Quarto de Século Aconteceu

Vinte e cinco anos separam estas fotografias com a mesma pessoa. Só o cão não é o mesmo. O tempo passa por nós, ou somos nós que passamos? Caminhamos indiferentes, e quando ainda somos novos até nos sentimos eternos... Depois "quando o pó assenta" caímos na realidade, e reparamos então que chegámos a velhos. E refletimos e dizemos baixinho, que privilégio termos vivido!A primeira foto representa uma época em que frequentávamos a casa dum jornalista (atualmente já não está entre nós) companheiro de algumas jornadas, no que refere a rádios e jornais. O cãozito tinha as suas preferências, e tínhamos sorte por ele gostar de nós; porque quando ele não gostava ladrava á pessoa, e o dono mandava-o calar. Ele obedecia, e escondia-se debaixo da secretária. Porém quando a visita se despedia e passava rente, ele ferroava-a no calcanhar. Ferroava o sapato, claro, mas mostrava a sua personalidade canina, e instalava-se o riso entre os humanos...
Esta outra foto, tem poucas horas de existência, fi-la ontem na Praia da Tocha, e também tenho algo para contar do cãozito, que não é nosso, mas fá-lo hei a seguir.

Um bocadinho da Praia da Tocha

Habituei-me a só ir à praia quando vamos estar durante quinze dias em Armação de Pêra, de contrário com a praia aqui tão perto não a aproveito; gosto de ir ver o mar no inverno (de longe) quando está bravo... mas ontem foi exceção, fui passar umas horas à beira mar, e para fazer também um pouco de passeio, saímos da Figueira e fomos à praia da Tocha. Não conhecia aquela zona com espaço a perder de vista, água límpida e ondas sucessivas, areia fininha, tudo cuidado, mas com um ar de praia ainda por descobrir, sem os estragos das multidões, tudo aliado a um sossego que muito apreciei. O bulício existia sim mas ao longe, ali era só para meia dúzia de pessoas que calmamente usufruíam em pleno  o que desejavam. Estava cada qual, como e onde queria estar.
E eu, como estava sentada e não me quis levantar, fiz esta foto que por esse facto, não merece um bom, ficamos pelo suficiente...