Já há alguns dias que não escrevia nada, nem visitava os outros blogues mas, hoje voltou-me a curiosidade. Abri o computador e cliquei num blogue dum amigo do meu marido, o Custódio Cruz, que também me estima, e a quem eu retribuo do mesmo modo. O referido blogue tem por titulo "voando nas azas do tempo" e é quanto a mim bastante interessante. Há muito que o visito mas nunca deixei comentário,nem mesmo hoje, apesar do teor do texto escrito pelo Custódio e que me mereceu atenção mais demorada.Porém decidi escrever sobre eles, texto e Custódio, aqui no meu cantinho. E começo por dizer então o que penso. - Nem todos são capazes de vir a publico com humildade e contrição, lamentar a morte de alguém, com quem um dia tiveram conflitos, graves ou nem tanto, mas dos quais veio a interrupção da habitual convivência, e até mesmo o trocar de simples palavras.
Mas o Custódio veio, amargurado mesmo, confessar no seu blog a sua mágoa. Num daqueles dias em que a exaltação se sobrepõe sem limites, o Custódio e o Rui Pedro travaram-se de razões, no Café Brasil. Já sabemos que o Custódio Cruz é um homem integro, mas também um poço de gasolina em risco de explodir, e assim aconteceu, foi mais um caso. Ralharam e desandaram, assunto arrumado, talvez até já posto para trás das costas,quem sabe? Só que não voltaram a falar-se.
Agora surgiu a fatalidade; o Rui Pedro deixou de estar entre os vivos. Dum momento para o outro a sua vida terminou num brutal acidente de viação, e o Custódio não consegue calar a sua amargura. Pormenorisa no seu texto, retrata-se mesmo admitindo o seu erro, que já não pode emendar. Como ele gostaria de abraçar o amigo, e dizer- lhe tudo o que lhe vai na alma nesta altura. Como cristão e crente que é, resta-lhe a esperança, que para ele é certeza, do encontro entre ambos no Além.
Não venho tecer elogios de borla nem pagos, o Custódio não precisa deles, mas quis aqui referênciá-lo e apontá-lo como um exemplo, especialmente neste caso em que se pode avaliar o seu carácter, e dizer que estou com ele. A estima e a amizade são bens que perduram, em deterimento das zangas que a nada conduzem.
Custódio! Acalme o seu espirito que é cristão. O Rui Pedro partiu, e lá de longe ele já lhe perdoou. E também quero lembrar-lhe, que embora um mais do que o outro, os culpados são sempre dois...
domingo, 24 de junho de 2012
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Votem neste Martelinho no Facebook para ajudar o Davis!
A minha filha concorreu ao concurso de Martelinhos do S.João do Porto. Se tiver muitos LIKES no Facebook ganha o prémio em dinheiro e esse dinheiro vai para a operação do Davis, o cão shar pei do meu netinho Gabriel. Devem seguir aquele link abaixo. É preciso terem Facebook, eu não tenho. Votem, divulguem nos vossos blogues e ajudem o Davis!

sábado, 16 de junho de 2012
Foi no passado mês...
Pois meus amigos por aqui por esta pequena cidade que é linda, onde ainda se ouvem cantar os passarinhos, que tem a serra, o rio e o mar, tem estado um sol maravilhoso, um céu azul e
ar quentinho que convida a sair de casa. É só optar por um dos muitos locais aprasíveis, porque a tentação é notória . Bem, eu também caí na boa tentação e fui apanhar ar do puro, lá no alto na serra, a Serra da Boa Viagem com os seus 261,88 metros no ponto mais alto chamado Bandeira.
Tanto para norte como para sul, o panorama é lindíssimo e vasto, vai até onde a nossa visão pode alcançar. Mais perto ao redor de nós, por todo o lado arbustos viçosos perfumavam o ar, e a dar-nos sombra as árvores de várias espécies, que entretanto já apareceram de novo, depois do crime que foi o incêndio de triste memória de há uns anos atrás, e que na altura nos deixou uma árida paisagem lunar de negro e cinza, onde antes havia um oásis de verdura, uma espécie de paraíso.
Sentei-me, ou melhor sentámo-nos, pois não estava só. A conversa entretanto iniciada foi esmorecendo, e eu a certa altura usufruindo daquela paz, daquele socego, em que só os pássaros trinavam, e as ségarrégas ou cigarras, saudavam o tempo quente ensaiando o seu côro sem interrupção ... não, não adormeci, parecia que eu ia dizer isso? Não! Pelo contrário; o contacto com a Natureza faz-me estar acordada e até me convida a pensar, talvez também a meditar, e a refletir.
E foi assim que me achei de olhar parado a pensar para mim própria, alheada já do bem estar que me envolvia. E sobre o que me ocupou a atenção eu vou contar.
-Não sei como tiveram conhecimento do meu contacto telefónico, funcionárias de algumas instituições de bem-fazer. Sabem o meu nome, até já me tratam familiarmente e não há forma de me esquecerem, pois quando menos espero toca o telefone e lá vem uma das vozes que logo identifico.
Eu nunca me atrevi a negar ajuda, detesto a palavra não. Lembro-me sempre duma expressão que diz assim:-
NINGUÉM É TÃO POBRE QUE NÃO POSSA DAR, NEM TÃO RICO QUE NÃO POSSA RECEBER.
Mas nos ultimos dias, tive de negar o meu habitual contributo para mais uma situação premente, e fiquei de imediato triste pelo facto, até porque em pouco tempo foi a terceira vez que eu tive de dizer não.
Quase sem jeito e em termos de confissão, eu disse o motivo da minha recusa, acrescentando mesmo que me sentia envergonhada, porque se me estavam a pedir para um ser humano, eu recusava porque tinha de apoiar um ser vivo mas era um animal, um cão. Jamais esquecerei as palavras da D. Liliana, a Sra. que do outro lado da linha me encorajou a prosseguir, referindo mesmo que eu não devia sentir vergonha pela minha luta, no sentido de dar mais tempo de vida a um animal.
Lembrou-me a propósito, as palavras sábias do grande Mahatma Ghandi, que disse, A GRANDEZA DUM POVO VÊ-SE NA FORMA COMO TRATA OS SEUS ANIMAIS.
Por fim colocou-se a meu lado para ajudar também.
Ao despedir-me agradecida, não pude deixar de pensar " é de Gaia, é do Norte, está tudo dito."
ar quentinho que convida a sair de casa. É só optar por um dos muitos locais aprasíveis, porque a tentação é notória . Bem, eu também caí na boa tentação e fui apanhar ar do puro, lá no alto na serra, a Serra da Boa Viagem com os seus 261,88 metros no ponto mais alto chamado Bandeira.
Tanto para norte como para sul, o panorama é lindíssimo e vasto, vai até onde a nossa visão pode alcançar. Mais perto ao redor de nós, por todo o lado arbustos viçosos perfumavam o ar, e a dar-nos sombra as árvores de várias espécies, que entretanto já apareceram de novo, depois do crime que foi o incêndio de triste memória de há uns anos atrás, e que na altura nos deixou uma árida paisagem lunar de negro e cinza, onde antes havia um oásis de verdura, uma espécie de paraíso.
Sentei-me, ou melhor sentámo-nos, pois não estava só. A conversa entretanto iniciada foi esmorecendo, e eu a certa altura usufruindo daquela paz, daquele socego, em que só os pássaros trinavam, e as ségarrégas ou cigarras, saudavam o tempo quente ensaiando o seu côro sem interrupção ... não, não adormeci, parecia que eu ia dizer isso? Não! Pelo contrário; o contacto com a Natureza faz-me estar acordada e até me convida a pensar, talvez também a meditar, e a refletir.
E foi assim que me achei de olhar parado a pensar para mim própria, alheada já do bem estar que me envolvia. E sobre o que me ocupou a atenção eu vou contar.
-Não sei como tiveram conhecimento do meu contacto telefónico, funcionárias de algumas instituições de bem-fazer. Sabem o meu nome, até já me tratam familiarmente e não há forma de me esquecerem, pois quando menos espero toca o telefone e lá vem uma das vozes que logo identifico.
Eu nunca me atrevi a negar ajuda, detesto a palavra não. Lembro-me sempre duma expressão que diz assim:-
NINGUÉM É TÃO POBRE QUE NÃO POSSA DAR, NEM TÃO RICO QUE NÃO POSSA RECEBER.
Mas nos ultimos dias, tive de negar o meu habitual contributo para mais uma situação premente, e fiquei de imediato triste pelo facto, até porque em pouco tempo foi a terceira vez que eu tive de dizer não.
Quase sem jeito e em termos de confissão, eu disse o motivo da minha recusa, acrescentando mesmo que me sentia envergonhada, porque se me estavam a pedir para um ser humano, eu recusava porque tinha de apoiar um ser vivo mas era um animal, um cão. Jamais esquecerei as palavras da D. Liliana, a Sra. que do outro lado da linha me encorajou a prosseguir, referindo mesmo que eu não devia sentir vergonha pela minha luta, no sentido de dar mais tempo de vida a um animal.
Lembrou-me a propósito, as palavras sábias do grande Mahatma Ghandi, que disse, A GRANDEZA DUM POVO VÊ-SE NA FORMA COMO TRATA OS SEUS ANIMAIS.
Por fim colocou-se a meu lado para ajudar também.
Ao despedir-me agradecida, não pude deixar de pensar " é de Gaia, é do Norte, está tudo dito."
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Guarda-Noturno sem Cassetete
Na cidade onde vivo, nunca me apercebi de haver o serviço de guarda noturno,
creio mesmo que não há, mas em Lisboa sempre ouve. Estes guardas eram muito estimados pelos residentes, que reconheciam o seu trabalho duro, pois enquanto eles dormiam, o guarda noturno zelava pelo seu socego, ainda hoje assim é.
Sempre achei este trabalho algo desagradável por ser feito de noite, e não isento de perigos, visto que o guarda está sósinho na zona que lhe destinaram, e ali anda uma noite inteira na rua, à mercê de todo o mal que lhe possa acontecer. Mesmo sem casos desagradáveis, o frio e a chuva especialmente no inverno, também são factores negativos a ter em conta. Mas é preciso ganhar a vida ...
Do tempo que estou a recordar, a nossa capital era uma cidade calma, só nos bairros era comum haver brigas, que a policia breve dominava. Várias vezes, eu e o meu marido depois de jantarmos em Lisboa, regressavamos a casa vindo a pé desde Almirante Reis até ao Cais onde apanhavamos o Cacilheiro. Era longe mas gostavamos de andar, e embora fosse de noite, como atrás digo não havia perigo. Então calmamente, faziamos um passeio agradável pela cidade sempre bonita,
mas que aquela hora era diferente do que era á luz do sol.
Muita coisa mudou após a nossa linda revolução, que ficou conhecida por Revolução dos Cravos, porque das espingardas dos soldados não partiram tiros, antes floriram, pois todas tinham no cano um cravo vermelho. Ganhou-se a liberdade, mas nem todos entenderam o seu significado; pior, confundiram liberdade com libertinagem e com esse pensamento feito certeza, começaram a agir da pior forma.
Assim, actualmente na nossa Lisboa a tranquilidade deixa muito a desejar, é do dominio publico, basta ler os jornais. Eu leio, e comparando com o passado não posso deixar de lamentar, e tenho pena.
Mas, qual não foi o meu espanto ao ler hoje pela manhã (no computador) esta informação:
" Governo quer proibir armas de fogo e cassetetes aos Guarda Noturnos".
Fiquei em pasmo! Eu não digo que os guardas devam andar aos tiros por tudo e por nada. Mas ao menos que se saiba que eles andam armados. Se possível com arma à vista, para intimidar quem os queira atacar.
Eu não entendo tal ideia. Então um guarda não deve ter uma arma? Secalhar em vez dela, vai passar a trazer uma bandeja com pasteis de Belém e um Térmo com café quente, para dar a quem estiver a iniciar um assalto...
Se alguém entender esta medida do Governo, me explique por favor que eu agradeço, porque sinceramente não entendo.
creio mesmo que não há, mas em Lisboa sempre ouve. Estes guardas eram muito estimados pelos residentes, que reconheciam o seu trabalho duro, pois enquanto eles dormiam, o guarda noturno zelava pelo seu socego, ainda hoje assim é.
Sempre achei este trabalho algo desagradável por ser feito de noite, e não isento de perigos, visto que o guarda está sósinho na zona que lhe destinaram, e ali anda uma noite inteira na rua, à mercê de todo o mal que lhe possa acontecer. Mesmo sem casos desagradáveis, o frio e a chuva especialmente no inverno, também são factores negativos a ter em conta. Mas é preciso ganhar a vida ...
Do tempo que estou a recordar, a nossa capital era uma cidade calma, só nos bairros era comum haver brigas, que a policia breve dominava. Várias vezes, eu e o meu marido depois de jantarmos em Lisboa, regressavamos a casa vindo a pé desde Almirante Reis até ao Cais onde apanhavamos o Cacilheiro. Era longe mas gostavamos de andar, e embora fosse de noite, como atrás digo não havia perigo. Então calmamente, faziamos um passeio agradável pela cidade sempre bonita,
mas que aquela hora era diferente do que era á luz do sol.
Muita coisa mudou após a nossa linda revolução, que ficou conhecida por Revolução dos Cravos, porque das espingardas dos soldados não partiram tiros, antes floriram, pois todas tinham no cano um cravo vermelho. Ganhou-se a liberdade, mas nem todos entenderam o seu significado; pior, confundiram liberdade com libertinagem e com esse pensamento feito certeza, começaram a agir da pior forma.
Assim, actualmente na nossa Lisboa a tranquilidade deixa muito a desejar, é do dominio publico, basta ler os jornais. Eu leio, e comparando com o passado não posso deixar de lamentar, e tenho pena.
Mas, qual não foi o meu espanto ao ler hoje pela manhã (no computador) esta informação:
" Governo quer proibir armas de fogo e cassetetes aos Guarda Noturnos".
Fiquei em pasmo! Eu não digo que os guardas devam andar aos tiros por tudo e por nada. Mas ao menos que se saiba que eles andam armados. Se possível com arma à vista, para intimidar quem os queira atacar.
Eu não entendo tal ideia. Então um guarda não deve ter uma arma? Secalhar em vez dela, vai passar a trazer uma bandeja com pasteis de Belém e um Térmo com café quente, para dar a quem estiver a iniciar um assalto...
Se alguém entender esta medida do Governo, me explique por favor que eu agradeço, porque sinceramente não entendo.
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