sexta-feira, 8 de junho de 2012

Guarda-Noturno sem Cassetete

Na cidade onde vivo, nunca me apercebi de haver o serviço de guarda noturno,
creio mesmo que não há, mas em Lisboa sempre ouve. Estes guardas eram muito estimados pelos residentes, que reconheciam o seu trabalho duro, pois enquanto eles dormiam, o guarda noturno zelava pelo seu socego, ainda hoje assim é.
Sempre achei este trabalho algo desagradável por ser feito de noite, e não isento de perigos, visto que o guarda está sósinho na zona que lhe destinaram, e ali anda uma noite inteira na rua, à mercê de todo o mal que lhe possa acontecer. Mesmo sem casos desagradáveis, o frio e a chuva especialmente no inverno, também são factores negativos a ter em conta. Mas é preciso ganhar a vida ...
Do tempo que estou a recordar, a nossa capital era uma cidade calma, só nos bairros era comum haver brigas, que a policia breve dominava. Várias vezes, eu e o meu marido depois de jantarmos em Lisboa, regressavamos a casa vindo a pé desde Almirante Reis até ao Cais onde apanhavamos o Cacilheiro. Era longe mas gostavamos de andar, e embora fosse de noite, como atrás digo não havia perigo. Então calmamente, faziamos um passeio agradável pela cidade sempre bonita,
mas que aquela hora era diferente do que era á luz do sol.
Muita coisa mudou após a nossa linda revolução, que ficou conhecida por Revolução dos Cravos, porque das espingardas dos soldados não partiram tiros, antes floriram, pois todas tinham no cano um cravo vermelho. Ganhou-se a liberdade, mas nem todos entenderam o seu significado; pior, confundiram liberdade com libertinagem e com esse pensamento feito certeza, começaram a agir da pior forma.
Assim, actualmente na nossa Lisboa a tranquilidade deixa muito a desejar, é do dominio publico, basta ler os jornais. Eu leio, e comparando com o passado não posso deixar de lamentar, e tenho pena.
Mas, qual não foi o meu espanto ao ler hoje pela manhã (no computador) esta informação:
" Governo quer proibir armas de fogo e cassetetes aos Guarda Noturnos".
Fiquei em pasmo! Eu não digo que os guardas devam andar aos tiros por tudo e por nada. Mas ao menos que se saiba que eles andam armados. Se possível com arma à vista, para intimidar quem os queira atacar.
Eu não entendo tal ideia. Então um guarda não deve ter uma arma? Secalhar em vez dela, vai passar a trazer uma bandeja com pasteis de Belém e um Térmo com café quente, para dar a quem estiver a iniciar um assalto...

Se alguém entender esta medida do Governo, me explique por favor que eu agradeço, porque sinceramente não entendo.

8 comentários:

Unknown disse...

Vá lá entender...

Beijo e bom fim de semana.

Viviana disse...

Querida Dilita

Olhe amiga, puz-me a recordar e lembrei-me que aqui no bairro de Mira-Sintra, há muitos anos havia o guarda-nocturno, sim. Pagávamos uma quantia mensal e ele dáva-nos uns recibozinhos pequenos, salvo o erro amarelos...Mas já há muito, muito, que deixou de aparecer.

Quanto a proibir as armas e os cassetetes a esses prestáveis e úteis colaboradores da nossa segurança, não dá mesmo para entender.

Não é novidade para ninguém que nos últimos anos os governos fizeram leis que protegem os criminossos e condenam os agentes.

Ainda tenho esperança que isso acabe por mudar...

Um abraço
e uma boa semana
Viviana

Unknown disse...

Obrigado pelas palavras de apoio!

Marco Rodrigues disse...

vai entender!

dilita disse...

Olá sr. Marques.
Grata pela visita.
Tenha um bom dia.

dilita disse...

Amiga Viviana

Que a sua esperança se concretize em certeza,para que quem merece seja premiado, ao menos com o reconhecimento do valor do bem que presta à sociedade.
"Nota-se um grande desnorte,que mais iremos ver?"
Obrigada pela visita.
Beijinho.

dilita disse...

ASP Guardas Noturnos

Nada fiz que valha agradecimento, mas gostei de ver que passaram pelo meu simples birras.Obrigada.

O país inteiro devia manifestar-se contra tal propósito; e contra outros do mesmo teor.
Desejos de melhores dias para vós.

dilita disse...

Olá Marco Rodrigues

Vou entender?
Como assim?
Mas há álguém que entenda?