Na cidade onde vivo, nunca me apercebi de haver o serviço de guarda noturno,
creio mesmo que não há, mas em Lisboa sempre ouve. Estes guardas eram muito estimados pelos residentes, que reconheciam o seu trabalho duro, pois enquanto eles dormiam, o guarda noturno zelava pelo seu socego, ainda hoje assim é.
Sempre achei este trabalho algo desagradável por ser feito de noite, e não isento de perigos, visto que o guarda está sósinho na zona que lhe destinaram, e ali anda uma noite inteira na rua, à mercê de todo o mal que lhe possa acontecer. Mesmo sem casos desagradáveis, o frio e a chuva especialmente no inverno, também são factores negativos a ter em conta. Mas é preciso ganhar a vida ...
Do tempo que estou a recordar, a nossa capital era uma cidade calma, só nos bairros era comum haver brigas, que a policia breve dominava. Várias vezes, eu e o meu marido depois de jantarmos em Lisboa, regressavamos a casa vindo a pé desde Almirante Reis até ao Cais onde apanhavamos o Cacilheiro. Era longe mas gostavamos de andar, e embora fosse de noite, como atrás digo não havia perigo. Então calmamente, faziamos um passeio agradável pela cidade sempre bonita,
mas que aquela hora era diferente do que era á luz do sol.
Muita coisa mudou após a nossa linda revolução, que ficou conhecida por Revolução dos Cravos, porque das espingardas dos soldados não partiram tiros, antes floriram, pois todas tinham no cano um cravo vermelho. Ganhou-se a liberdade, mas nem todos entenderam o seu significado; pior, confundiram liberdade com libertinagem e com esse pensamento feito certeza, começaram a agir da pior forma.
Assim, actualmente na nossa Lisboa a tranquilidade deixa muito a desejar, é do dominio publico, basta ler os jornais. Eu leio, e comparando com o passado não posso deixar de lamentar, e tenho pena.
Mas, qual não foi o meu espanto ao ler hoje pela manhã (no computador) esta informação:
" Governo quer proibir armas de fogo e cassetetes aos Guarda Noturnos".
Fiquei em pasmo! Eu não digo que os guardas devam andar aos tiros por tudo e por nada. Mas ao menos que se saiba que eles andam armados. Se possível com arma à vista, para intimidar quem os queira atacar.
Eu não entendo tal ideia. Então um guarda não deve ter uma arma? Secalhar em vez dela, vai passar a trazer uma bandeja com pasteis de Belém e um Térmo com café quente, para dar a quem estiver a iniciar um assalto...
Se alguém entender esta medida do Governo, me explique por favor que eu agradeço, porque sinceramente não entendo.
8 comentários:
Vá lá entender...
Beijo e bom fim de semana.
Querida Dilita
Olhe amiga, puz-me a recordar e lembrei-me que aqui no bairro de Mira-Sintra, há muitos anos havia o guarda-nocturno, sim. Pagávamos uma quantia mensal e ele dáva-nos uns recibozinhos pequenos, salvo o erro amarelos...Mas já há muito, muito, que deixou de aparecer.
Quanto a proibir as armas e os cassetetes a esses prestáveis e úteis colaboradores da nossa segurança, não dá mesmo para entender.
Não é novidade para ninguém que nos últimos anos os governos fizeram leis que protegem os criminossos e condenam os agentes.
Ainda tenho esperança que isso acabe por mudar...
Um abraço
e uma boa semana
Viviana
Obrigado pelas palavras de apoio!
vai entender!
Olá sr. Marques.
Grata pela visita.
Tenha um bom dia.
Amiga Viviana
Que a sua esperança se concretize em certeza,para que quem merece seja premiado, ao menos com o reconhecimento do valor do bem que presta à sociedade.
"Nota-se um grande desnorte,que mais iremos ver?"
Obrigada pela visita.
Beijinho.
ASP Guardas Noturnos
Nada fiz que valha agradecimento, mas gostei de ver que passaram pelo meu simples birras.Obrigada.
O país inteiro devia manifestar-se contra tal propósito; e contra outros do mesmo teor.
Desejos de melhores dias para vós.
Olá Marco Rodrigues
Vou entender?
Como assim?
Mas há álguém que entenda?
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