E o Carnaval já ficou para trás. Parece-me até que muitas pessoas, sobretudo aquelas que não se juntaram à festa nem se lembraram mais dele. Eu quase me esqueci no antes, no durante, e no após. Mas tenho gratas recordações dos Carnavais de há muitos anos atrás, e tenho pena que neste ano a chuva viesse inoportuna, "proibir" a diversão a quem ansiava por ela. Mas tudo passou, e ontem a noticia era outra: - o Papa vai renunciar - ouvi na rádio pela manhã. Não fiquei assim muito admirada, embora este facto não seja vulgar. Lembrei-me do anterior, o Papa João Paulo II quando da sua primeira vinda a Portugal. Era um homem cheio de saude, comunicativo, falava da fé com alegria, conquistou cristãos e ateus. E depois nos seus ultimos tempos de vida, minado pela doença, num autentico suplicio à vista de todos; por pouco que não o viamos no seu ultimo suspiro. Nessa altura eu perguntava a mim própria,se esta seria mesmo a vontade do Papa, que o vissem tão sofredor e tão triste. Não teria sido muito mais lógico ser observada a privacidade?
E não pude deixar de concluir que a Igreja valorisou aquele sofrimento, até porque o expôs, e em larga escala. Também estas ideias veem dos tempos antigos; se repararmos, se fizermos uma pesquisa em relação aos Santos, a maioria só ascendeu aos Altares, porque sofreu torturas e morte violenta.
Há aqueles que pelas suas virtudes, seu saber, sua bondade, foram igualmente santificados, mas são em menor numero.
Estamos em 2013, tudo evoluiu, para melhor, para pior... mas depois da escolha sempre fica algo positivo.
O Papa é um homem, não lhe chamem Santo assim que toma posse do mais alto cargo da Cristandade. Como homem está à mercê do desgáste que o tempo produz. A saúde escasseia, a força e a coragem diminuem, não há alternativa.
Há porém ainda, a inteligência, para decidir. ( antes que o inevitável aconteça)
Foi o que fez o Papa!
2 comentários:
E o Papa lá se foi. Penso que fez bem em concretizar os seus propósitos. As pessoas não são de ferro. Quando a idade é muita tornam-se numa sombra do que foram.
Felizes dos que podem decidir.
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