Na verdade o facto de ser Bom Ano ou Mau Ano não é da responsabilidade do dito cujo. É certo que por vezes o planeta se enfurece e mostra a sua força deixando rastos de destruição e morte, e aí o homem é ultrapassado e reduzido à sua pequenez perante a grandiosidade ilimitada do Universo. Mas são os homens, especialmente aqueles que comandam os destinos dos povos, os maiores destruidores. Ainda não criaram capacidade suficiente para se entenderem, e após teimas em que cada um quer fazer valer a sua vontade, vão para a guerra. Vão, não! Mandam os mais novos, enquanto eles de farda limpa, ficam a consultar os mapas. E decretam todo o tipo de guerras e com elas o conhecido cortejo de sofrimento desolação e morte.
Naquelas guerras com metralha à vista vão ao ponto de a interromper só por um dia, no dia de Natal, e no dia seguinte recomeça o morticínio. Que estupidês! Perdoem mas não me ocorre outro significado. E outros modos de guerra são escolhidos actualmente, em que uma só pessoa geralmente um jovem, é suficiente para matar dezenas de incautos cidadãos, fazendo-se explodir em local pré escolhido, de preferência onde haja numero considerável de pessoas. E passadas horas os mandantes comunicam a dar conta da proeza que fizeram. Por enquanto isto acontece longe de nós, mas até quando?!
Que tristeza em que se vive actualmente sem amor a nada, nem a ninguém. E nós continuamos a gritar basta! Basta! Mas ninguém ouve ninguém.
E aquela guerra silenciosa que afecta as florestas, as águas dos ribeiros, os mares, os rios, as plantas, os animais da selva e as aves do céu, e até o ar que se respira?!
E a guerra do lucro?! Essa é também pavorosa porque corrói a vergonha e a honra.
Aos cristãos com fé, eu peço as vossas orações ao Ente Supremo para que ilumine a mente dos responsáveis pela vida dos povos. Para que não se limitem ao superficial das saudações habituais nesta época, que são lindas e agradáveis de ouvir, mas demasiado gastas de tão repetidas e ao comodismo de deixarem aos doze meses que compõem o ano o livre arbítrio de ser Bom ou Mau, ou a esperança de que o Novo Ano seja melhor, só porque a maioria o deseja.
Muito mais se torna necessário para que de 2017, possamos esperar que seja na verdade um Ano-Bom.
