O advento das eleições quer das legislativas quer das autárquicas, é uma espécie de carnaval; diz-se tudo (ninguém leva a mal) manifesta-se estima a rôdos com beijinhos e abraços,tudo ao faz de conta,porque bem sabemos que a amizade não se sente por cada pessoa que casualmente encontrâmos,e que nem conhecêmos,portanto lá está a continuação do carnaval,fora da época... As televisões ajudam e muito,porque práticamente só falam de eleições,e todas em simultâneo. É o antes,é no durante,é no depois... é cá um tratamento intensivo... que naturalmente deixa marcas,e a verdade é que é isso mesmo que se pretende,que a "injeção" produza efeito.Mas a verdade é que esta alienação,(perdoem-me o termo) também tem o seu mérito: animado pelo folclóre, o povo parou de pensar nos problemas que o afligia,e até na epidemia prometida,( e muito"badalada") ! De boa vontade relegou o fantasma da gripe,quase se esqueceu de lavar as mãos,animou-se,e entrou na festança ! E até foi feliz... depois como no carnaval,em que tudo acaba na quarta feira,também concluídas as eleições acaba a euforía, vão para o lixo as bandeiras,os políticos já não distribuem saudações em profusão,nem esporádicas sequer! Bastam-se a si próprios agora.
E o povo fica só, resta-lhe ainda a esperança!
De esperança também se vive,qualquer dia há mais....
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