Quando eu era menina o verão era aguardado com esperança,antevendo tanta coisa boa que o tempo quente proporcionava. As creanças tinham férias,três meses de férias,muito tempo para brincar,as mais vélhinhas aprendiam a fazer os primeiros pontos,dizia-se assim referindo os bordados simples.Os adultos atarefados com as prespectivas das colheitas,era no tempo que em Portugal havia lavradores,muita gente nova a trabalhar no duro de sol a sol,mas felizes fazendo ecoar as suas vozes bonitas,em desgarradas,cançonetas,até fado... Depois era também no verão que havia festas; primeiro dos Santos populares,e depois a feira do ano (estou a recordar o meu Montemor-o-Velho) com as danças tradicionais,os ranchos tipicos,e mais tarde as artistas da rádio. “ A televisão ainda cá não estava”...
E nestas festas também estoiravam os foguetes,muitos,alguns de lágrimas como então eram conhecidos. E nunca os foguetes que eram lume,incendiaram nada!
E também fazia calor,e bastante,mas era raro incendiarem-se as matas,havia o guarda que fazia a ronda,não por causa de fogo,mas para não irem lá cortar algum pinheiro ou afim,para algo necessário,ou para lenha.
Horrorisada,agora,vejo na televisão há vários dias,aquele mar de fogo que sem piedade tudo consome; são as árvores,os animais,as aves,até vidas humanas...Fico a pensar e com alguma tristeza, na desgraça que de há uns tempos para cá,se instala durante o verão, ano após ano, no nosso país outrora verdejante,e que o vai transformando quase em paisagem lunar,e também tornando os portugueses mais pobres,e mais tristes.
Por outro lado,também não entendo a atitude do Sr.Ministro que tem estado presente nalguns locais do fogo,e quando entrevistado,fála como se estivesse perante uma calamidade natural,inevitável,meteorológica por exemplo...
Dá conselhos,diz que se está a acudir,e que para os culpados há a lei... Mas qual lei? Será a lei do menor esforço? Secalhar é essa mesmo...
Entretanto a floresta vai desaparecendo...
E nestas festas também estoiravam os foguetes,muitos,alguns de lágrimas como então eram conhecidos. E nunca os foguetes que eram lume,incendiaram nada!
E também fazia calor,e bastante,mas era raro incendiarem-se as matas,havia o guarda que fazia a ronda,não por causa de fogo,mas para não irem lá cortar algum pinheiro ou afim,para algo necessário,ou para lenha.
Horrorisada,agora,vejo na televisão há vários dias,aquele mar de fogo que sem piedade tudo consome; são as árvores,os animais,as aves,até vidas humanas...Fico a pensar e com alguma tristeza, na desgraça que de há uns tempos para cá,se instala durante o verão, ano após ano, no nosso país outrora verdejante,e que o vai transformando quase em paisagem lunar,e também tornando os portugueses mais pobres,e mais tristes.
Por outro lado,também não entendo a atitude do Sr.Ministro que tem estado presente nalguns locais do fogo,e quando entrevistado,fála como se estivesse perante uma calamidade natural,inevitável,meteorológica por exemplo...
Dá conselhos,diz que se está a acudir,e que para os culpados há a lei... Mas qual lei? Será a lei do menor esforço? Secalhar é essa mesmo...
Entretanto a floresta vai desaparecendo...
1 comentário:
Texto sentido e apropriado á época ruinosa dos inçendios deste pobre pais.Até nisto o pais se virou ao contrario.Soltem os criminosos,pois...
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