domingo, 3 de abril de 2011

Para quê europeus? Só portugueses era pouco?

Hoje ao acordar apercebi-me pela pouca luz que a perciana filtrava que decerto estava tempo de chuva.Daí a pouco tive a certeza ao observar através dos vidros, a rua estava molhada e a chuva embora miudinha ia caindo. Não estava frio, mas de primavera havia pouco. E pensei, ainda ontem esteve um sol tão promissor, mas afinal durou pouco a promessa. Parece que vivemos numa instabilidade alargada a muito do que nos rodeia, e até o tempo se associou. Isto transporta um certo desassossego e consequente desânimo. Não estou já a falar do tempo, mas da situação em que se encontra o nosso país. Afinal para onde caminham os portugueses? Ensinaram-nos na escola a sermos ciosos da nossa Pátria, este pequeno rectângulo que nasceu pela ambição de D. Afonso Henriques, que até se levantou em armas contra a própria mãe, a D. Tareja, e conseguiu retirar-lhe o tal bocadinho a que chamou o Condado Portucalense. Ali começou Portugal que em posteriores lutas muito comuns na época, foi alargando os seus domínios ficando mesmo assim um país pequeno, mas independente. Excepção dolorosa de três reinados de monarcas espanhóis no trono português. Contingências relativas a sucessões, motivaram a perda da nossa independência, e naturalmente o infortúnio dos portugueses, durante esses longos anos de dominio espanhol, que finalmente terminou. Restaurada a nossa monarquia, voltámos a ser governados por reis portugueses. Muitos anos depois, a monarquia findou, e novo regime foi instaurado. Sucederam-se vários governos não isentos de erros, mas também com obras de inegável mérito, e sempre os governantes se bastaram a si próprios: se pediram ajuda, “a coisa” não transpareceu para o domínio público. Eu acho que a emancipação deve existir entre os povos, pois se até existe nos animais: quem é que nunca reparou que os cães, os felinos domésticos e os da selva, marcam o seu território? E fazem - se respeitar, se não o resultado é péssimo. O homem por sua vez, deseja ser e é independente, tem autonomia, e governa o que lhe pertence; poderá até ouvir conselhos, mas a decisão será sempre sua, ou pelo menos deve ser. Não deveria ser este o comportamento dos países, especialmente do nosso? Sim, devia ser, mas infelizmente não é. Os responsáveis resolveram dar as mãos “tocou-os o bichinho da fraternidade” e unificaram-se para sermos todos só Europa. Pois, mas esqueceram-se daquela frase muito comum no tempo dos nossos avós, que diz “muita gente junta não se salva”!

2 comentários:

Anónimo disse...

Se bem entendi,não é a favor da nossa presença
na U.E. nem da moeda única.
De facto,talvez não tenha sido a melhor opção.
Contudo,desta situação vieram grandes sômas de euros para Portugal.
Fizeram-se muitas estradas,e fômos ricos,por algum tempo...

dilita disse...

Muita coisa se ganhou emuita coisa se perdeu. Não sei o balanço final é positivo.