quarta-feira, 25 de março de 2009

Comadre...


Há alguns anos estava eu a aguardar a minha vez para uma consulta médica, e ouvi uma historieta que achei engraçada.É em geito de brincadeira,mas no meu entender aponta o real.No entanto encarar o menos bom com um sorriso,também não faz mal...já dizia o grande actor Vasco Santana,"se tem que morrer que morra a rir"! Vou então recordar.
"Era uma vez"...
Um casal que vivia feliz e aguardava o nascimento do seu bébé.Cheios de esperança desejavam viver muitos anos, para criar o filho, os netos,e se possível os bisnetos,ansiavam mesmo ter uma vida longa.Mas como realizar tão forte desejo ? A esposa disse que ia pensar... E daí a dias informou o marido que já tinha uma ideia;ansioso logo se acomodou ao lado dela pronto para ouvir.Ela já decidira,iriam convidar a Morte para Madrinha do filho, ficariam assim com o laço de Compadres,e claro da parte da Morte sempre haveria uma atenção,ela não deixaria de os "avisar" com antecedência... E tudo aconteceu como idealisara; o bébé cresceu foi jovem,depois pai e também avô.Entretanto o tempo tinha passado e o casal já idoso,há muito que tinha queixas no que refere à saúde.Um dia, de surpresa a Morte apareceu,vinha buscá-los,estava na altura...O marido nada disse,mas a mulher argumentou: então Comadre Morte vem assim, sem nem sequer nos avisar? E a morte respondeu; sem avisar ? como assim? Há quanto tempo lhes estou a mandar avisos. Avisos ? responderam ambos sem perceberem... Então a Morte explicou ;há quantos anos começaram a sofrer dos ossos,a ver mal, a perder dentes,a cansar,a ter de parar ao subir ladeiras,a ver o cabelo a branquear,a pele a enrugar...estes foram os avisos que lhes mandei,e creiam que fui amiga,fui Comadre,mandei muitos,não tenho culpa da vossa distração. E indiferente porque tinha avisado, cumpriu a tarefa,que ali a levou.

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