sábado, 5 de dezembro de 2009

Conquistar...mas,a que prêço?


Para ser verdadeira devo dizer que sempre me impressionei desfavorávelmente com os relatos de violência;mesmo quando ainda na escola aprendia história de Portugal e a sra.professora nos falava de batalhas,e dizia que nós portugueses haviamos conquistado muitas terras além mar, e que muitos rapazes jovens,e também fidalgos e até um rei morreram nessas guerras, e que eram homens valorosos,etc... isso já nessa altura me fazia alguma confusão... Morreram pela Pátria,e dizia é uma honra! - Eu ouvia isto e encaixava,mas eu também sabia que morrer era deixar de existir,e até tinha pena.O tempo foi passando e fui ficando um pouco mais exclarecida,e finalmente cheguei à conclusão que a humanidade passou a maior parte do tempo em batalhas e guerras,com todo o cortejo de sofrimento e morte que lhes é adjacente,e os motivos eram sempre os interesses.Não se combatia por uma causa de amor, a carnificina terrivel (que já vimos representada em filmes) era sempre para adquirir algo. Afinal algo que pertencia a outrém.Agora que já estou tão longe da escola primária(actual ensino básico), não consigo alhear-me da dualidade;"o respeito que devo aos bravos que povoam a nossa história,e o facto de chamarmos conquistas à apropriação por sofrimento e morte,do que era propriedade desses povos que fomos invadir,e infligir sofrimento".

Sem comentários: