domingo, 4 de dezembro de 2011

Excesso de zêlo?

Ainda influenciada pela desigualdade que grassa entre os povos, nomeadamente na Europa, e claro no nosso torrão à beira mar plantado, que dela faz parte não sei se pra bem se pra mal. Mas enfim também os países não escolhem o local de nascimento, penso eu. Achei-me a recordar o tempo em que às crianças era incutido desde cedo, que era necessário trabalhar. Não se esperava nada do Estado.
Quem é que ia pedir uma casa ou algum subsídio a alguém do Governo? Nem sabiam como o fazer, mesmo que fosse possível. Daí que os homens naquela época (salvo excepções ) quando assumiam um trabalho aplicavam-se, observavam aquela máxima do "não deixes para amanhã o que podes fazer hoje", trabalhavam com gosto e assim viveram.
Bem, nós casal Fernandes, vimos dessas gerações, e naturalmente também nos ensinaram que o trabalho é honra, e o certo é que nós acreditámos, e temo-nos dado bem com esse conselho dos mais velhos.
Mas eu quero falar duma situação, que igualmente tem a ver com trabalho, e sempre me tem feito sorrir.
Foi há uns 30 anos atrás, aqui na Figueira. Estavamos na quadra da Páscoa, e a Sexta-Feira-Santa era considerada feriado. Porém, os cabeleireiros tinham-se entendido com o sindicato, e com as próprias empregadas, no sentido de trabalharem nesse dia. Depois na segunda era o habitual descanço, e na terça também seria, correspondendo assim ao dia de sexta, a que tinham direito. Isto já acontecia há alguns anos, e elas até gostavam porque eram dias seguidos em que paravam a respectiva actividade.
Mas neste ano gerou-se alguma confusão, o sindicato ora era favorável, ora pedia que esperassem pela confirmação. Sem novas do sindicato, subentendeu-se que iria ser como nos anos anteriores, e na dita sexta feira foi um dia normal de trabalho.
Daí a dias vem a surpresa, processados os responsáveis dos maiores salões que existiam na Figueira naquela altura. E no dia marcado, depois das inevitáveis (chatices) formalidades inerentes, lá foram sentar-se no banco dos réus os três homens. O senhor Mourinha (já na casa dos 50), o Mário Bertô, e o Olímpio, mais novos (ainda nos 40). Foram absolvidos, claro.
Mas não deixa de ser hilariante,

" TRÊS HOMENS NO BANCO DO RÉUS
POR ESTAREM A TRABALHAR! "

1 comentário:

Gell disse...

Menina , confesso que andei muito sem tempo e até quiz diante disso vir aki no eu Blog te dar um oi, mas nao lembrava mais da nomenclatura do teu blog , só lembrava do teu nome. Mas que bom que vc veio ao meu e de nvo te encontrei, é que eu não sei fazer muitas coisas aqui não amiga entendes? não sei mexeer muito e nao amuseio tantas ferramentas aki, entao por isso não fui ao teu encontro . um feliz Natal a vc e aos seus! muita paz !! bjus ! tá lindo teu blog!!