SONETO
Um de meus bisavós foi mercador,
Outro foi de alfaiate oficial,
Outro tendeiro foi sem cabedal
E outro, que juiz foi, foi lavrador.
O meu paterno avô foi professor
De latim, que ensinou ou bem ou mal;
E o materno viveu no seu casal
De que inda agora eu mesmo sou senhor.
Meu pai médico foi, e homem de bem,
Minha mãe «dom» teria, porque enfim
Muitas menos do que ela agora o têm.
Abade eu fui; e se saber de mim
Alguma coisa mais quiser alguém,
Saiba que versos faço e faço assim.
(Paulino António Cabral)
5 comentários:
Olá muito interessante o seu poema!!!
Nada mais importante do que a familia.
Interessante é igualmente o nome de seu blog.
Parabéns Lídia
Um historial familiar num magnífico soneto.
Beijinhos.
Olá Lídia!
Grata pela visita.
O nome do meu blog é uma alegoría à renda (com nome errado) e ás birras que também existem...
Obrigada pelos parabéns; e lhe enderésso iguais também pelos seus óptimos blogs.
Beijinho
Agradecida amiga Lisa.
Interessante na verdade o teor deste soneto.
E sabe que o Sr. foi mesmo Abade?
Beijinho.
Amiga Dilita
Curioso, este soneto.
Mas que está original, está.
Um abraço
Viviana
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