domingo, 16 de novembro de 2014

Poesia antiga



SONETO

Um de meus bisavós foi mercador,
Outro foi de alfaiate oficial,
Outro tendeiro foi sem cabedal
E outro, que juiz foi, foi lavrador.

O meu paterno avô foi professor
De latim, que ensinou ou bem ou mal;
E o materno viveu no seu casal
De que inda agora eu mesmo sou senhor.

Meu pai médico foi, e homem de bem,
Minha mãe «dom» teria, porque enfim
Muitas menos do que ela agora o têm.

Abade eu fui; e se saber de mim
Alguma coisa mais quiser alguém,
Saiba que versos faço e faço assim.

(Paulino António Cabral)

5 comentários:

Lídia disse...

Olá muito interessante o seu poema!!!

Nada mais importante do que a familia.

Interessante é igualmente o nome de seu blog.
Parabéns Lídia

Mona Lisa disse...

Um historial familiar num magnífico soneto.

Beijinhos.

dilita disse...

Olá Lídia!

Grata pela visita.
O nome do meu blog é uma alegoría à renda (com nome errado) e ás birras que também existem...
Obrigada pelos parabéns; e lhe enderésso iguais também pelos seus óptimos blogs.

Beijinho

dilita disse...

Agradecida amiga Lisa.

Interessante na verdade o teor deste soneto.

E sabe que o Sr. foi mesmo Abade?

Beijinho.

Viviana disse...

Amiga Dilita

Curioso, este soneto.

Mas que está original, está.

Um abraço
Viviana