Já começo a recordar, e ainda há tão pouco tempo aconteceu...
Na viagem de regresso das férias, em que já não vamos visitar mais nada, a ideia que persiste à saida de Armação, é vencermos sem pressas, os quatrocentos kilómetros que nos separam de casa.
Assim, fazemos umas curtas paragens, para beber água fresca, comer uma fruta, e dar alguns passos...
A primeira paragem foi em Grândola; deixámos a estrada nacional, e virámos prá terra da fraternidade, como diz a Canção: - Grândola Vila Morena / Terra da Fraternidade / O Povo é quem mais ordena / Dentro de ti ó Cidade... Assim o disse cantando o José Afonso, o cantor da Liberdade.
Era hora de almoço, e no nosso caso já apetecia mesmo. Assim, com o carro a dois passos, levámos o cesto da merenda e num espaço empedrado contíguo ao jardim, assentámos arraiais. Mesas, bancos, e água potável esperam os visitantes neste local a eles dedicado; árvores dando frescura e sombra, e uma calma que conforta.
O Jardim começa ali, num plano um pouco mais elevado e prolonga-se por grande extensão, e é magnifico. Cativou-me logo que a ele cheguei, (já no ano passado) o verde predomina nos canteiros, nos arbustos, e nas árvores enormes, que filtram o calor entre a folhagem abundante e linda. Apetece ficar sentada à beira do lago, ou em qualquer dos bancos existentes ao longo do enorme espaço público. E também apetece dizer baixinho hei-de voltar...
Mas retomando a minha estória, eu tinha acabado de pôr a mesa, e adivinhem quem nos veio fazer companhia?! Um bichinho calmo, e simpático... um cãozinho bonito. Deu uma volta a inteirar-se dos odores, e depois quedou-se ao alcance do meu marido. Ele começou logo a tentar repartir com ele, do que ali tinhamos. E digo tentar, porque ele não aceitava; nem pão, nem batatas fritas, nem frango. Nunca tínhamos encontrado um cão que rejeitasse comida... Ou não tinha fome, ou então tinha sido ensinado a não comer fora de casa.
Ficou connosco durante uns minutos só a fazer companhia. Qual seria o seu pensamento em relação a nós? Impossível sabermos, mas acredito que fosse favorável, porque finalmente lá se decidiu, e aceitou petiscar - pouco depois caminhou decidido, e foi embora, talvez ao encontro do dono...
7 comentários:
Querida Dilita
É lindo o lugar.
E o cãozinho também.
Gosto muito de cães.
Tive um na minha infância que me marcou a mim aos meus irmãos, para toda a vida-
Era um galgo de pelo côr-de-mel.
Lindo! Lindo!
Meigo, meigo.
Um abraço, amiga
Viviana
Tão fofo! Não tinha fome mesmo, era só um simpático a fazer as honras da casa...
Beijinho
Adoro conhecer outros lugares através de suas lentes.
Parabéns pelos delicados e emocionantes registros.
Beijo.
Um passeio e um encontro adorável com um lindo e comportado cãozinho.
Um abraço.
Muito fofos, o cão e o pai, ambos bem tratados e gordinhos.
Olá querida parente portuguesa Dilita, que belos lugares, que pracinha encantadora, os ares da fraternidade (achei lindo isso), mas o que me chamou a atenção, e acredito ser o protagonista deste post, o simpático cão que os guarneceu por um período, me pareceu um cão querido mesmo...me fez lembrar do meu que mora na casa de minha mãe, o Teimoso, ele tem essa cor de caramelo e o olhar mais meigo que já vi, na verdade o adotei por teimosia dele em retornar para nossa casa e por eu ter me apaixonado por ele, hoje ele é meu Bebê Teimoso. Tenho visto tantos lugares bonitos neste blog que dá vontade viajar por Portugal.
ps. Carinho respeito e abraço.
Adorei o seu texto, muito bem escrito.
Gosto muito de Grândola, onde tenho bons amigos.
O cão, normalmente, não se faz rogado mas,por vezes. tem destas. Porque? Nunca sabemos, eles ainda não falam.
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