Ao ver estas mãos transformadas em coisas tão bonitas,eu quis escrever algo sobre a habilidade do artista, mas depois de ler este soneto de Manuel Alegre,fiquei sem palavras,ele disse tudo.
As Mãos
Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
( Manuel Alegre)
8 comentários:
Bom ler Manuel Alegre.
Bom ter-te no almatua.
Tudo muito prazeiroso.
beijos
Este poema é fantástico na quantidade de simbologias que podemos descobrir, e, ao mesmo tempo, na sua simplicidade aparente.
Pode ser lido em todas as idades e sempre lhe encontraremos algo ...
Dilita
Que prazer vir ao renda de birras, que prazer poder vir a Portugal, mesmo que apenas virtualmente. Que prazer descobrir que você teve a doçura e a gentileza de me cumprimentar pelo meu aniversário. Vc me fez muito, muito feliz pela lembrança. Quero te agradecer e dizer que vc é uma pessoa linda, além de uma notável poeta.
beijos
Aqui estou de alem mar para conhecer teu lindo Blog e agradecer tua visita e o gentil comentário no meu.Bah! que belíssimo título tem teu cantinho poético:Renda de Birras.Amei! O poema da Beleza das Mãos é fantástico."Nas tuas mãos começa a liberdade".Quanta verdade somos capazes de ver nesta frase.Parabéns pelo Post.Vim, gostei e voltarei sempre.Bjs Eloah
Dilita querida amiga é muito bom ver você sempre lá no blog me dando o carinho da sua presença. Desculpe se demoro a aparecer, mas as horas são poucas para eu dar conta das tarefas...
Amei o poema!Lindo!Parabéns!
Por aqui temos um "monólogo" que foi imortalizado por um grande ator teatral, já falecido, chamado Procópio Ferreira. Caso queira conhecer procure por: "MONÓLOGO DAS MÃOS", de Ghiaroni.
Beijo grande
Das mãos o nascer do aplauso.
Cadinho RoCo
Os meus agradecimentos pela visita e pela gentileza da vossa apreciação caros visitantes.Fico contente por também gostarem da poesia de Manuel Alegre,nosso poeta português, felismente ainda entre nós.
Quero dizer à D. Regina que me proporcionou bons momentos,eu que desejava mesmo recordar o Procópio Ferreira e o monólogo das mãos,mais pareceu transmissão de pensamento...Realisei o desejo e ainda vi e ouvi a D.Bibi Ferreira,foi mesmo uma retrospetiva ao passado observar aquele blog.
A todos vós,um abraço,voltem sempre.
Agradecida,sou a Dília Maria.
Lindo!
O poema e as mãos!
Abraço*
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