quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

TEMPOS ANTIGOS:A EMISSORA NACIONAL


Claro que “advinhei” logo quem me deixou o extenso comentário! Modéstia à parte gostei dos elogios,mas estou certa das minhas limitações.No entanto eu tive sempre gosto em escrever,e continuo.A primeira vez que eu escrevi para ser ouvida tinha 17 anos; a Emissora Nacional,que nessa altura transmitia só durante algumas horas,convidou os ouvintes a mandar um texto cujo tema seria a sua terra (do ouvinte).Pus logo mãos à obra,escrevi, rasguei escrevi,e com a ajuda do meu pai que cortou e emendou o que estaria menos bem,dactilografei o texto onde falava do nosso Montemor-o-Velho,da sua história,das colectividades existentes,das profissões que ocupavam os homens nessa altura,das feiras e das belezas naturais.Eu nunca tinha viajado,do país só conhecia Coimbra e seus monumentos,e da Figueira da Foz, a praia,no entanto afirmei que Montemor era uma das mais bonitas terras de Portugal.Chegou o dia da transmissão (anunciada dias antes),e foi com muita alegria (aquela dos 17 anos) que eu ouvi o meu texto e o meu nome ser lido pelo grande locutor e senhor: Pedro Moutinho.Os Montemorenses que tinham rádio também gostaram,e manifestaram-se com palavras bonitas,que eu gostei muito de ouvir.
Como isto está distante... mas ainda perto,porque não esqueci.E agora um beijinho para a Lenita,que indirectamente me trouxe a inspiração para “falar” da nossa terra.Prometo dizer mais coisas.


Retirei da Wikipédia:


"A Emissora Nacional foi essencialmente definida à imagem de congéneres europeias. Concebida num quadro político interno e externo em que as rádios nacionais desempenhavam sobretudo um papel de veículo dos interesses do Governo, esta característica acentuou-se ainda mais no caso português em função do regime totalitário que vigorou até 1974.
Em
1940, libertou-se da tutela dos CTT, iniciando-se, nessa altura, o modelo de implantação regional no continente e ilhas.
Baseada num modelo sóbrio de apresentação e recorrendo a locutores de alta qualidade, a Emissora Nacional, embora assumindo sistematicamente o seu papel de órgão de propaganda do chamado
Estado Novo, soube desenvolver uma cultura própria que influenciou fortemente a sociedade e marcou decisivamente a história da rádio em Portugal.
Da dinâmica inicial, que se estendeu ao longo dos
anos 50, surgiram as orquestras da Emissora Nacional - Sinfónica, Típica e Ligeira - o Centro de Formação de Artistas da Rádio, onde se revelaram alguns dos grandes nomes da música portuguesa, o teatro radiofónico, de que são paradigma os folhetins e programas, com destaque para o "Domingo Sonoro" e os "Diálogos da Lelé e do Zequinha" que ficaram na memória colectiva dos portugueses. Este modelo pouco se altera até ao 25 de Abril de 1974."

2 comentários:

Anónimo disse...

Olá, Dilita ( vou tratá-la assim aqui, não me dá jeito chamar-lhe D. Dília, pode ser?. Foi fácil adivinhar a comentadora...rsrsrs. Obrigada pela forma carinhosa com que sempre me tratou. Tenho passado no seu blogue quase todos os dias, de fugida, e vou fazê-lo sempre que possa. Gosto de recordar...lá diz o ditado " Recordar é viver" e eu concordo, não só com "recordar" como até sentir alguma saudade, pois saudades só se têm do que foi bom...o que foi menos bom não se esquece, serviu de aprendizado, mas não dá saudade.
Gosto muito dos seus artigos, e imagino que terá muita coisa para nos contar e mostrar. O que eu não sabia era da precocidade desse seu talento, gosto, prazer...está na hora de o dar a conhecer mais e melhor.
Prometo que vou começar a ser breve nos comentários...estes são excepção ( mas eu tenho dificuldade em ser sucinta!).
Até à próxima postagem!
Um beijinho da
Lenita (assim me vou identificar)

Anónimo disse...

olá, gostei muito de ver o seu blog. As suas rendas são muito bonitas.

Beijinhos, Isaura Dinis